terça-feira, 23 de julho de 2013

Eu sou o que sou no caminho que tou - (Alfredo Almader)



EU SOU O QUE SOU NO CAMINHO QUE TOU

"Admito minhas emoções imaturas,
E confesso minhas ideias malformadas

Admito minha língua felina que planeja
E ataca sem ter nenhuma fome,
Só porque está com medo.

Admito a podridão do esquecimento
da educação que recebi e esqueci,
E confesso o gosto do vinagre na minha boca,
Que amarga tudo aquilo que não quero perdoar

Na clareza do dia, caminho cego e firme
Na escuridão da noite, solto as criaturas das trevas
Morcegos e corujas a me guiar -
Eu sinto o caminho!

Reconheço que há um lado do meu eu
que simplesmente não existe, morreu!
E não adianta insistir porque ele não vive neste mundo -
É simplesmente o "eu" que me transforma

Ó Lua, sou seu lobo devoto!
Adoro dançar com você esta música lenta,
E seguir só, por esta longa e maravilhosa estrada
De chão de pedras vermelhas.

Confio nesse meu caminhar buscador

Ó coiote que espreita e ainda me amedronta
Nas noites mais frias, escuras e sem luar
Sei que caminha comigo nesta estrada
Tenho orgulho de ti e dos toques que me dá
Respeito e gratidão

Sei da dor e do sofrimento
E ainda vou aprender a abraçá-los

Sei que preciso me agasalhar no frio
para o medo não me congelar
E sei que preciso me exercitar,
Ganhar um pouco de dinheiro,
para poder envelhecer,
Mas não vou mais me apavorar,

Porque sei que sou um universo
Vindo do nada, iluminado
Pela minha própria força e vibração
Pelas minhas próprias Luas, Sóis e Estrelas

Aprendi a reconhecer os sinais,
Os sonhos, mensagens e toques ancestrais
Aprendi a ver e falar através dos cristais
O segredo das plantas e ervas medicinais
Aprendi a ver nos olhos dos animais
No reflexo das águas e dos metais

Eu perdi o medo de Deus
Eu falo e escrevo
E ainda vou dizer mais,
A todos os que quiserem escutar:

Quem quiser seguir por este caminho,
Terá que preservar a pureza e a inocência
Porque senão seguirá por outro diferente.

A magia só acontece desse jeito,
E é sempre assim que nos encontramos...
Como naquela velha estória do patinho,
Que acha que é feio só porque se sente diferente dos outros.
Que não consegue entender o deus de que tanto falam...
Um deus que vive distante no céu e é tão bom.
Que não consegue entender porque é tão diferente e se sente rejeitada(o).
E continuou seguindo aquele caminho DURO e SOLITÁRIO,
Até que um dia resolveu se olhar no reflexo do lago
E descobriu o obvio:
Que não é um patinho feio, é um Cisne cheio de pureza.

Se quiser conhecer o Deus ou a Deusa
Não procure só do lado de fora
Vá seguindo pelo caminho das belezas e do amor,
E olhe para dentro de vez em quando,
Logo encontrará.

Gratidão pela companhia,

Alfredo Almader"
(Inspirado pela amiga TdePaula)

Um comentário:

freee disse...

maravilha vce viajar nas frases e no pensamento ate então desconhecido por mim ...viajandooooooooooooooooooo