segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Você: Criador de si mesmo - (Anderson Coutinho)


"Tudo o que eu faço, vós podeis também fazer, e se quiserdes, muito mais". "Vós sois deuses"

Tudo o que fazemos, ressoa no universo, criando. Atitudes, palavras, pensamentos e sentimentos. No limitado mundo dos cinco sentidos, muitas vezes não percebemos que cada uma de nossas ações -sejam elas verbais, mentais, sentimentais ou práticas- geram algum tipo de energia, que cria algo no astral - bom ou ruim.

Assim, somos criadores em um caminho que ainda não está pronto. E criamos, através de escolhas. E se a escolha é a ferramenta principal de nossa criação, o campo de atuação de nossas escolhas sempre passa por uma via: o outro. As pessoas são pontes entre nós e os nossos sonhos.

Movidos por amor ou desamor, simpatia ou repulsa, alegria ou tristeza, emitimos energias, e essas energias geram algo em nosso campo magnético vibratório. São ações, que geram reações - em nós ou nos outros.

É certo que há coisas que são maktub (que estavam escritas). Mas nosso destino está em nossas mãos. Cada uma das pequenas escolhas que fazemos diante dos segundos e minutos da vida, constroem nossa estrada. Como dizia sabiamente nosso querido exemplo de amor, Chico Xavier:
"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim".

A escolha é o princípio do poder da Criação. Escolher não se limita a tomar uma decisão conscientemente a respeito de algum tema ou situação prática da vida. A ação prática é o resultado de um processo que se iniciou no íntimo. E quando geramos energia, estamos escolhendo, e fazendo uso do nosso poder de criação. Pois ao gerarmos energia, emitimos algo ao universo (ou a uma pessoa), que responde nossa emissão com uma reação - feliz ou infeliz. Se essa reação gerar ternura ou desconforto, é responsabilidade nossa, e não obra do acaso ou seqüência de fatalismos.

Se o arbítrio é livre e podemos fazer escolhas -sejam elas escolhas pensadas e bem articuladas, ou através de palavras, pensamentos e sentimentos- a conseqüência dessas escolhas é compulsória, sejam elas "fardo" ou "recompensa".
Não só nossas ações são escolhas, mas também nossas reações frente a situações adversas. Escolhemos todos os dias. Criamos todos os dias. No modo de olhar, de falar, de expressar, de reagir. Escolhemos quando optamos entre a palavra ou o silêncio.

Quando falamos ou pensamos algo, o poder da palavra ou do pensamento -que é maior do que nossos cinco sentidos podem perceber- também cria formas mentais no universo sutil. Se emitimos um pensamento de intenso amor em direção a alguém, dependendo do grau de sensibilidade da outra pessoa, ela sentirá, da mesma forma que perceberá quando as emissões não forem positivas.

Nossas palavras, tanto mais nossos pensamentos, são escolhas. Até a dúvida é uma escolha, pois quando a temos, a transformamos em algum tipo de ação que trará reação. E isso também é escolha.

As guerras são um exemplo da lei da ação e reação. Primeiro, um sentimento, que gerou um pensamento lógico, que articulou uma palavra mal colocada - intensionalmente ou não. Uma sucessão de "ações" - físicas e mentais. O outro país, alvo das colocações verbais, tem uma ou várias "reações". Estabelece-se o desentendimento, com novas ações e reações, até que se criam os "bombardeios verbais". Numa sucessão de mais reações, o contexto se transforma na primeira bomba lançada, concretizando-se a infeliz conseqüência de uma guerra efetiva, que gerará mais e novas conseqüências.

Muitas vezes, estabelecemos guerras, mas guerras íntimas, ou com outras pessoas. E lutamos, com a espada do orgulho e o escudo da vaidade ferida para vencer essas guerras e fazer valer o que pensamos. Nos esquecemos que não é a vitória da guerra que devemos perseguir, mas sim, a conquista da paz. Ganhar a guerra, ou ganhar a paz, também são escolhas.

Somos verdadeiramente "alfaiates de nosso destino". Temos nas mãos todos os elementos para cortar, alinhavar, costurar, medir, unir e criar as peças mais belas, ou os modelos mais limitados.

Fazer uso do arbítrio, que é livre, não é apenas um direito, mas uma responsabilidade. Por isso, a importância do "vigiar". Por isso, o "pensar antes de agir". Por isso, o cuidado com as palavras. Por isso, o evitar das explosões íntimas além dos limites de nós mesmos. Por isso, a premissa de compreender que o outro tem seus motivos, mesmo que tenhamos certeza que ele não sabe de nossas mazelas. Por isso, a necessidade de amar, e fazer do amor nossa mais imediata medida.

Que tudo o que fizermos, possa ressoar positivamente no universo. E se formos compelidos a agir por um impulso infeliz, usemos o silêncio como maior aliado. Que quando formos alvo de bombardeios verbais, não tenhamos reações ofensivas para com o outro. É preciso que sejamos, tanto quanto pudermos, agentes pacificadores -ou pelo menos neutralizadores- muitas vezes fazendo uso da paciência, da tolerância e principalmente da busca constante por não "revidar" as ofensas. Que sejamos nós o elemento de quebra do ciclo vicioso que se estabelece nas batalhas argumentativas. Que sejamos o elemento propagador do ciclo, quando envolvidos por "ações de amor e de paz". Que nossas "reações" nunca sejam alimentadas pelo orgulho ferido, ou pelo brio do personalismo, e que nossa sempre e mais certa escolha, seja o caminho da paz.

Somos criadores. Nossa ferramenta de criação é a escolha. Nossas escolhas agem sobre pessoas. Oportunidade perdida ou aproveitada também é escolha. Escolhemos todos os dias, e com essas escolhas, criamos os cenários mais mórbidos, ou os quadros mais belos. Pense nisso. O que você vai escolher hoje?




* Anderson Coutinho - é Palestrante, Reikiano, Apometra, Aplicador Magnético, Numerólogo, Astrólogo, Praticante de Viagem Astral, Guardião da "Chama Trina da Liberdade" na Grande Fraternidade Branca. Em suas palestras, aborda temas espiritualistas focados na evolução do indivíduo. Desenvolve trabalhos de cura e harmonização.
http://somostodosum.ig.com.br/clube/c.asp?id=22137

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