terça-feira, 8 de março de 2011

Dança do Ventre - Resgatando o Sagrado Feminino - (Nanda Najla)

"Para mim a Dança do Ventre é a mais bela manifestação do feminino. Dançando, despertamos a Deusa que está dentro de nós, e assim entramos em contato com a nossa serpente do conhecimento, e deixamos aflorar na pele a donzela, a mãe e a anciã, que juntas dão forma ao nosso ser mulher". Nanda Najla


O que chamamos hoje de dança do ventre é proveniente de um ritual sagrado anterior à mais antiga civilização reconhecida historicamente, a dos sumérios. Está ligada aos ritos de fertilização em honra das divindades femininas que protegiam as águas, as terras, as mães e seus filhos. Todas as criaturas eram consideradas filhos da Deusa, louvada em ritos em que as mulheres dançavam procurando receber a força da Grande Mãe.

Hoje em dia, muito disso se perdeu, e pra ser mais sincera, se perdeu quase tudo. A dança do ventre passou a ter um aspecto artístico e deixou de lado a espiritualidade. Porém, em cada ser humano existe, no mais profundo do seu mundo interior, a recordação da Mãe. Mãe como natureza, mãe como mulher que gerou e criou, mãe como símbolo de toda e poderosa força criadora individual e universal. São impressões psicológicas muito antigas, relacionadas com a experiência do nascimento e da morte. A imagem arquetípica de uma formidável energia que pariu tudo o que existe fica latente no plano inconsciente até que se ative pelas experiências da vida, ou seja, despertada por meios invocatórios, como na dança ritualística.

Dançar o sagrado significa celebrar a vida.

Através da dança conseguimos acessar o nosso inconsciente, resgatando a nossa Deusa Interior, e passamos a tratar com mais sabedoria os recursos criativos do nosso corpo e espírito.

É um processo de auto-conhecimento que conduz a um aumento de auto-estima, de compreensão, aceitação e valorização do próprio corpo e do próprio ser.

Nós, mulheres atuais, sacerdotisas de nós mesmas, devemos resgatar a consciência do sagrado feminino, e ao descobrirmo-nos inteiras, nos enxergamos a própria Deusa, capaz de celebrar a vida, e através disto encontrar a nossa paz espiritual, afinal, todas as Deusas estão potencialmente presentes em cada mulher. Dance e recrie o mundo!"



Fonte: http://www.abrawicca.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=102&Itemid=115

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