domingo, 23 de maio de 2010

Vivência: Dançando a Vida - (Prem Baba)


Mais um tempo de treinamento.

Escolha uma postura estável, confortável, coluna alinhada, a cabeça está no prolongamento da coluna, os olhos estão fechados com suavidade.

Dê uma passada dos pés à cabeça. Observe onde há tensão e desconforto. Se você localizar desconforto em alguma parte, foque aí sua consciência. Se você percebe desconforto em uma área, vá reduzindo essa área até você localizar um ponto, que é o ponto responsável pelo bloqueio da energia.

Dialogue com esse ponto. Pergunte: quem é você? O que é você? Permita que a tensão se revele na forma de um pensamento ou sentimento e simplesmente observe, identifique o padrão, se ele é repetitivo, se é ressentimento, mágoa, culpa, se é algum medo – medo de quê? Perceba a resistência no fluxo da energia. Perceba a resistência ao fluxo da vida, da existência e do momento presente.

A chave para se libertar do desconforto é o perdão, que liberta os ressentimentos e mágoas. E você pode aceitar as coisas como são, relaxando, permitindo-se dançar a dança da vida no ritmo da música.

Não é o ritmo do falso eu que, identificado com o sofrimento, quer fazer a sua própria música. O pequeno eu, que é o primeiro pronome manifesto através da mente, gera o “meu”. Você quer se apropriar da música. Mas a música é toda a existência. Liberte-se do eu e do meu e permita que a existência flua através de você.

Assim, tranqüilize-se mais e mais. Relaxe mais e mais. Não há o que conquistar. A sua mente quer remover a ignorância criada pelo falso eu, assim, permita-se se aquietar mais e mais. Não há necessidade alguma de luta e de esforços porque não há o que conquistar, há só que relaxar e aceitar a vida.

Uma vida onde cada um dá o que pode. Cada um cumpre o seu papel nesse drama cósmico. Aprenda a respeitar o tempo, aprenda a respeitar cada expressão do jeito que ela vem, aprenda a respeitar cada um de seus semelhantes com tudo o que ele está sendo nesse momento, aprenda a olhar através do Eu Inferior, da nuvem de pensamentos, e enxergar o Ser de luz que há nele.

Essa visão só é possível através da presença. Quando seus pensamentos cessam, você pode claramente ver o outro, além da ilusão e da distorção criada pela mente. Assim você o aceita, porque você compreende que ele é tão somente uma personagem nesse drama divino.

O amor se revela quando você pede perdão, e o perdão se revela quando você aceita. E você aceita quando abandona o eu e o meu.

Assim, sinta-se ocupando o seu corpo. Irradie a luz da presença. Visualize-se mergulhado num oceano de luz. Inspire e expire. Amplie cada vez mais a consciência de que você ocupa o corpo.

Ponha foco no silêncio, o silêncio que a tudo permeia. Os sons entram e saem do campo de silêncio, e ele permanece. É nesse silêncio que você deve focar a sua atenção. Ao surgir qualquer pensamento, detenha-o na fonte, perguntando com veemência: a quem surge? Quem sou eu?

Não se deixe levar pelas fantasias e pelos dramas gerados pelo falso eu. Interrompa a fantasia observando a resistência, observando os impedimentos, tomando consciência de sua natureza e libertando-se, tomando a decisão, fazendo a escolha de abrir mão da negatividade e do sofrimento, mantendo a investigação do Ser com constância cada vez mais acentuada.

Quem sou eu?

"Chi" é uma palavra de origem chinesa, que designa a essência ou energia vital do Universo, presente em todos os seres e coisas.



Fonte: http://www.prembaba.org.br/home.htm

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