"Recebemos um email com as perguntas a seguir e preferimos respondê-lo publicamente, com o objetivo de nos posicionarmos quanto a uma afirmação que fizemos em nossas palestras presenciais, durante todo o ano de 2012 e que consta, inclusive, do vídeo disponível em nosso canal no Youtube. As perguntas serão dividida apenas com fins didáticos.
Lembramos, ainda, que não achamos que este seja o momento ideal para discutirmos tais questões, uma vez que ainda lidamos com os efeitos do período de transição (da terceira semana de dezembro de 2012 à terceira semana de fevereiro 2013) é há muitas individualizações verdadeiramente inquietas com todo o processo. Para quem está com o medo instalado, independente de que dimensão habite neste momento, é um enorme desafio olhar a questão por este novo ângulo. Bem mais fácil seria ter o conforto de poder, como foi até agora, reviver e reencontrar, infinitamente, contando com a boa vontade de todos os envolvidos e com um enorme esquema do Universo, para "saldar suas dívidas"... Não é mais assim... A responsabilidade, com o fim do Karma, é muito maior do que antes. Vejamos...
P: Em face da revogação da lei do karma e da ascensão da lei da reconciliação, como explicaremos então as barbáries humanas que continuarão a existir, as tragédias, e as anomalias físicas nos corpos humanos que continuarão chegando em nosso planeta?
R: Devemos ver esta questão como escolha, pura e simplesmente. O padrão da Lei do Karma, até dois/três anos atrás, definia que todos os envolvidos numa determinada ação que tenha prejudicado uma das partes, encontrar-se-iam novamente, para ajustar o ocorrido. O fim da Lei do Karma serve apenas para soltar os laços entre os seres, nunca para extinguir a ação inicial e assim, deixar de lado a consequência dos atos. Imagine que A prejudicou B. B tem sua caminhada evolutiva... Quer superar-se em determinado aspecto individual e precisa de liberdade para agir. Pela Lei do Karma, ele, de algum modo, teria que esperar, temporal e espacialmente, por A, para que novamente juntos, desfizessem os mal-entendidos e se perdoassem. E mesmo que B tenha antes, perdoado A, eles ainda assim, se encontrariam, porque para A a situação não estava resolvida, não no que dizia respeito ao que ele fez. Agora, no entanto, as coisas são mais objetivas: A prejudicou B, mas B está livre de A... e A pode receber a consequência de seu ato, vinda de C, D, E, ou todos juntos! Até mesmo de B, se for o caso, mas não OBRIGATORIAMENTE. O fim da Lei do Karma não extingue as consequências, muito pelo contrário: libera os envolvidos e dá a cada um a medida correta de justiça, sem que as relações necessitem de prolongamento.
Devemos lembrar também que há situações kármicas positivas! Não era só de mal e injustiça que se tratava. Se numa existência A foi de grande auxílio a B, numa outra, B poderia retribuir, sendo isto o apoio necessário, uma camaradagem, correto? A, depois do fim da Lei do Karma, pode receber ajuda e apoio de qualquer outro, se B não estiver por perto para fazer isso, pessoalmente. O bem, o auxílio, a ajuda virá de qualquer outro local, tudo na maior perfeição, com muita ordem e disponibilidade!
P: Por que até então, de acordo com a lei do karma, tudo isso se justifica pelo resgate e a justiça providencial que todos os seres estão submetidos... e agora? Como justificar todas essas coisas que continuarão a ocorrer? Por exemplo, como explicar os conflitos bélicos étnicos, religiosos, políticos ou a intolerância racial, social, sexual... Ou ainda, como explicar as grandes tragédias, envolvendo muitas pessoas?
R: Como poderemos saber quais foram as escolhas individuais destes grupos que estão juntos, quando tragédias ocorrem? Estavam "punindo" suas famílias com a dor da perda, ou estavam sendo "punidos" com a ausência da vida? E se retirarmos o aspecto coercitivo da questão e simplesmente pensarmos que escolheram este momento? Por que tudo isso precisa envolver o Karma, exatamente? Ninguém tem mais que sair do planeta Terra justificando erros. É disso que se trata. Nos parece muito claro que num mundo de 7 bilhões de habitantes, que, eventualmente se juntam, em casas, vilas, prédios, cidades, comemorações, etc, quando algo acontece, pode atingir a todos, ao mesmo tempo! Além do mais, não apenas de individualizações humanas é composto o planeta Terra. Todas as formas de existência são individualizações e assim, estão sujeitas aos mesmo princípios. Pensem num incêndio numa floresta... Tem um bando de capivaras; a família de Dona Capivara e Seu Capivara, com 13 filhotes que ficam acuados num barranco. Morrem todos. Foi karma? Florestas inteiras de individualizações que se chamam árvores, derrubadas, e se trata de karma? Antes, podia ser. O plano era que aprendêssemos pelo ensaio, tentativa e erro. Agora, nada disso é necessário. Precisamos nos abrir e pensar em escolha, em evolução. "Mas combinamos antes de nascer"... Combinávamos... Não mais. O que A fez para B, fica na conta de A, não envolve mais B. B não tem nada a ver com isso, a menos que não reaja, se vingue e crie para si mesmo uma contra-consequência, que por sua vez, ficará em sua conta pessoal, de individualização. Não precisa desviar seu caminho, nascendo e convivendo com A para que A "pague sua dívida". A cobrança pode vir de C, D, do fogo, do vento, do mar, da vizinha com quem nunca se encontrou em tempo algum, nas existências. Nos responsabilizamos pelos nossos atos e paramos de envolver os outros nas nossas crises de ação. E se ao longo do caminho, formos perdoando e nos livrando disso em nossas individualizações, aí sim estaremos abundantemente libertos!"
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