"Recentemente, estive em um retiro de fim de semana no interior de Minas Gerais, no qual a proposta para o grupo reunido era experimentar, aprender ou ensinar a SER. Isso mesmo: SER.
Não é TER, movimento que conhecemos através do consumismo como forma de recompensa ou compensação.
Não é FAZER, conhecido por todos que compulsivamente trabalham, estudam, ou praticam qualquer "hobbie" o tempo todo, pois sentem-se reconhecidos apenas quando estão produzindo algo.
Aprender, portanto, a SER. Estar presente ao momento do agora, onde não existe o passado (antes) e nem o futuro (depois), só o instante em que respiramos e percebemos o ar entrando nos pulmões, trazendo a VIDA.
Como sou muito curiosa e uma buscadora incansável de novas formas de evoluir, inscrevi-me no impulso e lá fui eu. Pra quem mora em Arujá agora, a preparação da viagem em si já foi um exercício de SER.
SER paciente ao descobrir que o local do curso era muito longe e afastado de tudo e a única forma menos complicada de chegar seriam 8 horas de ônibus, saindo de São Paulo.
SER flexível ao perceber que teria ao meu lado na poltrona da viagem um total desconhecido por toda a noite. Neste momento, também aprendi a SER Fé.
Segui sendo Fé e proteção quando me dei conta que estaria 8 horas na estrada exposta a qualquer coisa em movimento. Assim fui SENDO a cada passo do caminho em direção ao curso de SER.
SER tolerante ao compartilhar o quarto com pessoas novamente desconhecidas.
Mas o melhor aprendizado do final de semana todo foi aprender que SER é inerente e inato a todos nós, a cada momento.
Que não existe um SER melhor que outro SER.
Que SER silêncio não é melhor que SER um bom papo.
SER professor não é melhor que SER aluno.
Que SER iluminado não é melhor que ESTAR no caminho.
O que é fundamental é descobrirmos o que nos faz feliz ao ponto de criar um sorriso nos lábios, alimentando a alma e dando vontade de cantarolar e dançar. O caminho é buscar a sua resposta para SER."
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