Às vezes, isso acontece numa mudança involuntária, como quando somos demitidos. No começo, tudo é um susto, ou até um alívio, depois vem o medo, a apreensão frente ao novo momento e surgem as idéias de como seria sua vida num novo ambiente, fazendo outras coisas. Nesses momentos, a mente se solta, imaginamos mil possibilidades. Mas quando voltamos a trabalhar, ou encontramos um novo companheiro, enfim, quando criamos um vínculo real, começam de novo as dificuldades. As expectativas começam a dar lugar à realidade do convívio e os sonhos vão ficando no lugar de sonhos mesmo...
Talvez seja por isso que algumas pessoas não consigam se fixar num relacionamento, ou mesmo num trabalho. Elas precisam da mudança, do novo, do impulso para coisas diferentes, e a realidade pode ser enfadonha, o dia a dia pode ficar muito preso à rotina quando não há uma aceitação das coisas simples do cotidiano, quando a pessoa não está em paz consigo mesma. Pois, ficar pulando de galho em galho, à procura de novidades, pode impedir a realização de algo mais feliz, profundo, porque os frutos precisam de tempo para se manifestar. O que sinto é que precisamos muito do equilíbrio em nossas vidas. Precisamos da força interior do autoconhecimento que nos ensina a nos bastar e não precisar tanto de impulsos externos, de aprovação das pessoas, de novidades, para sermos felizes.
Claro que todos nós gostamos de viagens, de lugares novos, de conhecer pessoas, de experimentar um jeito novo de olhar as coisas à nossa volta, mas depender eternamente de fatores externos para a felicidade não faz bem. Não podemos comparar nossa realidade, nossa rotina, com esses momentos de férias, ou com a paixão de um novo amor. Afinal férias são férias, paixão é paixão e vai passar. As pessoas nesses momentos estão descansadas, vivendo apenas para desfrutar. Assim, quando voltam para a costumeira rotina e o compromisso ficam contrariadas e tristes.
Como ensinam os Mestres, lidar com o dia a dia deveria ser também um prazer e um desafio feliz, por que à medida que as coisas vão acontecendo podemos mudar, fazer diferente, dar novas respostas, fazer testes com o nosso jeito de responder as coisas que acontecem. Pois não é por que ficamos adultos, temos filhos crescidos ou um emprego chato que precisamos agir de forma previsível e sem graça, igual sempre. Podemos, sim, fazer coisas diferentes. Por que esperar até as férias para visitar um museu, ou comer uma comida diferente? Será que não podemos dar um pulinho na praia no final de semana, ou ir a um conserto ouvir uma linda musica clássica? Porque, enquanto ficarmos esperando oportunidades para sermos felizes, a vida passa. Se queremos coisas diferentes, precisamos mudar o jeito de agir.
Para novas respostas, precisamos mudar a forma de nos colocar. Uma vida mais feliz depende de uma maneira mais leve de enfrentar o mundo ao nosso redor. Sempre explico que meditar, rezar, fazer suas praticas espirituais não são úteis apenas para o prazer daquele momento, mas, sim, para nos dar luz para enfrentar as situações da vida. Vamos meditar?"
* Maria Silvia Orlovas - é uma forte sensitiva que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua volta e receber orientações dos seus mentores.
http://somostodosum.ig.com.br/clube/c.asp?id=31608
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