"Tá tudo bem…
Bem mais suave
Bem à toa.
Gosto dele nessa calma
- Nesse vôo -
Que eu nem sei se vai vingar
Se vai prender
Ou escapar
Se vai crescer
Ou vai cansar…
Eu gosto dele assim,
De um jeito que eu não sei se vai fugir
Ou vai ficar.
Se é doer
Ou é sarar.
Eu gosto dele e nele eu posso até passar…
Eu gosto dele sem moldura
Sem dispor, sem partitura,
Sem lugar, sem peso, nem peça, nem par.
Eu gosto dele e nele eu posso passear…
E há quem aposte
E até quem goste
De dizer, pra prevenir,
que eu posso vir a precisar
Desse querer que eu nunca quis fazer fincar.
Mas meu querer é meu querer
E faz melhor:
E só trazer sem exigir
Sem vir correndo se exibir
Nem vir correndo se amarrar.
É sem palpite, sem convite, sem revide, sem qualquer rigor de altar:
É claro, é puro, é sempre à toa,
É brilho que não quer pegar.
É reluzir
Sem relutar.
Eu gosto dele
Mesmo se ninguém olhar
Num gesto livre, a me levar
De um jeito leve, decidido, que não deve,
Que nem sabe pra que serve,
Nem se atreve a se gastar…"
sábado, 5 de dezembro de 2009
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