quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Como medir o corpo prânico? - (Pedro Kupfer)
"O súkshma sharíra, aura ou corpo sutil possui três camadas: corpo energético, corpo emocional e corpo mental. Se você não tiver experiência suficiente para senti-lo, e efetivamente ver os chakras e as nádís ou se você não conseguir ainda medir o tamanho do seu corpo sutil, isto pode parecer incompreensível.
Então, para que estas afirmações não fiquem no ar, vamos aprender a medir auras e chakras. É mais fácil começar medindo a aura de outra pessoa. Coloque-se a algo menos de um metro de distância da pessoa em quem você fará a medição. Afaste a palma da mão do ombro do outro, e depois aproxime-a devagar, até sentir um misto de calor e formigamento bem característico, que emana do corpo. Para estimar com exatidão a largura da aura devemos prestar bastante atenção no centro da palma da mão, onde tem um chakra com o que você perceberá a energia do outro.
Observe que tecidos sintéticos ou de seda obstruem a circulação da energia e podem fazer uma diferença na leitura. Aliás, evite usar tecidos sintéticos, pois não têm boa energia. Repita a medição várias vezes, até ter certeza absoluta do tamanho da periferia da aura do seu companheiro. Faça isso com várias pessoas. Compare o tamanho do corpo energético antes e depois de uma boa prática de pránáyáma ou meditação. Você vai levar um susto.
Uma aura normal tem menos de dez centímetros de largura. Se você estiver cansado ou estressado, ela fica ainda menor. Após a prática de Yoga, cresce bastante. Depois de bastante tempo de prática, ela estabiliza, num tamanho muitas vezes maior que o normal. A aura de um yogi pode chegar a ser gigante. O tamanho da aura determina, entre outras coisas, a saúde, o karma e o magnetismo pessoal do indivíduo.
Para medir os chakras, é importante, em primeiro lugar, saber exatamente onde eles estão. Veja a localização dos principais centros de força e mais informação sobre eles no capítulo sobre meditação nos chakras. Um chakra não é um ponto, mas uma área que varia em tamanho, e que mede normalmente (antes da prática) entre oito e dez centímetros de diâmetro. Use ambas as mãos para medir o diâmetro, ou a palma de uma delas para medir a altura.
Digamos que você vai medir a altura do anáhata chakra do seu amigo. Afaste a palma da mão da região do coração, e depois aproxime-a devagar, até sentir o limite do chakra. Repita a experiência para ter certeza do tamanho. Agora, meça o diâmetro: aproxime a afaste as mãos, lenta e simultaneamente diretamente acima do chakra. Ao medir o diâmetro desta forma, você poderá ainda sentir o chakra girando nas palmas das suas mãos e observar o sentido predominante do giro.
O tempo todo, concentre-se na intenção de medir o corpo sutil. Compare a altura de cada chakra com a altura da aura. Devem ser parecidas. Depois, concentre-se em sentir a qualidade da energia que você percebe. Faça isso chakra por chakra, desde o múládhára até o sahásrara. No início pode resultar difícil, mas, com a prática, você desenvolve a habilidades e a sua leitura do corpo sutil fica precisa e bem rápida.
Há muitas outras coisas que se podem fazer para melhorar o rendimento na prática, como eliminar excessos ou deficiências de energia que prejudicam o corpo sutil e, conseqüentemente, a prática de Yoga ou ainda estimular a circulação de energia em partes definidas do corpo. A força do prána pode aplicar-se a todos os seres vivos com fins de cura. Mas esse é um assunto muito vasto, que daria por si só para mais um livro.
Há um certo ponto durante o pránáyáma em que a respiração pulmonar passa a suspender-se espontaneamente. Não é algo voluntário, como quando você prende a respiração para mergulhar. O yogi apenas pára de respirar pelos pulmões, e passa a assimilar o prána diretamente através dos centros de força (chakras).
Isso se chama kevala kúmbhaka, e é um estágio que se atinge depois de algum tempo de prática intensa, desde que o praticante esteja preparado para sentar-se e acompanhar as instruções. O resultado é imediato. No início, a pessoa não tem domínio sobre este fenômeno. Apenas acontece, às vezes durante a meditação, às vezes durante os respiratórios. Depois, a pessoa passa a dominá-lo e pode repeti-lo quantas vezes quiser e pelo tempo que quiser.
Mas o que há no final do caminho? Para que fazer esses exercícios? Porque prána também é consciência. Mas essa é outra história... É novamente a história da sede de poder. Da sede do poder da consciência. Porque a sede de ar é uma sede básica, vinculada ao instinto de sobrevivência. Mas a sede de prána é uma sede de transcender os próprios limites, mergulhar de cabeça no inconsciente e resgatar a verdadeira potencialidade latente no ser humano.
Isto pode parecer pretensioso, mas é o que queremos os yogis. E nos jogamos no abismo, sem outros elementos que nossos próprios corpos, vontades e temeridades. Sem aparelhos, sensores nem eletrodos, sem laboratório, sem outra testemunha que nós mesmos. E, lá dentro, tudo é muito vasto. Às vezes dá vertigem. É por isso que o yogi precisa ser um pouco temerário. Senão, não se joga. Seria como lançar-se ao labirinto guardando apenas um fio para poder voltar, como fez Teseu.
Salvador Dalí teve uma tirada brilhante e exibicionista, mas que define com precisão isto que acabamos de afirmar. Ele disse que "a diferença entre eu e um louco, é que eu não sou louco". Se você for yogi, pode assinar embaixo. Porque o louco está perdido no labirinto. Mas o yogi enlouquece conscientemente e sabe exatamente onde ele está e como agir. E conhece o caminho da volta.
Por isso, loucos são os outros. Talvez você possa ser criticado por praticar uma filosofia de vida "exótica", alheia ao seu contexto cultural. Vejamos um exemplo esquemático, porém claro. Se alguém trabalha sem parar, sem tirar férias, e fica estressado e alienado correndo atrás do dinheiro e do sucesso, os demais dirão: "Fulano é uma pessoa muito responsável e bem sucedida".
O detalhe é que Fulano terá o primeiro enfarte antes dos cinqüenta. E se outro trabalhar menos e dedicar uma parte do dia a fazer caminhadas ou subir montanhas para ficar deitado ao sol lá encima, as mesmas pessoas dirão: "Sicrano é muito esquisito. Você percebeu como ele gosta de entrar no mato e ficar sozinho?" Por isso é que digo que loucos são os outros. E isto não é uma questão de falta de opção."
Fonte: www.yoga.pro.br
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Olá!
gostei dos textos...
estou lendo e como gostei
voltarei...
Muita Luz!
Postar um comentário