sexta-feira, 29 de abril de 2011

Permita que as pessoas se aproximem - (Osho)

"Amar significa abandonar fronteiras territoriais. Essa linha invisível precisa desaparecer, daí surge o medo, porque essa é a nossa herança animal. Por isso, quando você está em um estado amoroso da mente, você vai além da herança animal. Pela primeira vez você se torna humano, realmente humano.


Se você realmente deseja viver uma vida rica, preenchida, imensamente vibrante, não há outra maneira, exceto abandonar as fronteiras. A única maneira é estabelecer cada vez mais contato com as pessoas. Permita que mais e mais pessoas invadam o seu ser, permita que mais e mais pessoas entrem em você.

Podemos nos machucar - esse é o medo; mas é um risco que precisa ser assumido, vale a pena. Se você se proteger por toda a sua vida e ninguém tiver permissão de estar próximo a você, qual o sentido de estar vivo? Você estará morto antes de morrer. Você absolutamente não viverá. Seria como se você nunca tivesse existido, porque não há outra vida além do convívio. Assim, é preciso correr o risco.

Todos os seres humanos são como você. Essencialmente o coração humano é o mesmo. Portanto, permita que as pessoas se aproximem. Se você permitir, elas permitirão que você se aproxime delas.

Quando essas fronteiras deixam de existir, o amor acontece."


Autor: Osho
Fonte: A Rose Is Rose Is a Rose, #23

domingo, 24 de abril de 2011

Mestre, Gratidão e Amor! ... Namastê! - (Sathya Sai Baba)



MORRE NA ÍNDIA O LÍDER RELIGIOSO SATHYA SAI BABA


Morreu na manhã deste domingo, em um hospital do sul da Índia, Sathya Sai Baba, um dos mais populares líderes religiosos da Índia, considerado por milhares de seguidores como o Deus vivo. Ele tinha 84 anos. Sai Baba, que deu entrada no hospital de Puttaparti, sua cidade natal, há um mês, morreu de falência múltipla dos órgãos, por conta de complicações no coração e pulmões, informou a imprensa local.

O guru estava hospitalizado por problemas cardíacos, pulmonares e renais. Ele estava há mais de três semanas em quadro grave de saúde e, há uma semana, respirava com a ajuda de aparelhos.

Seus seguidores, estimados em número de seis milhões, incluem líderes políticos indianos, empresários e estrelas de Bollywood. Para o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, a morte de Baba é uma "perda irreparável".

A morte causou a tristeza dos devotos. Centenas de milhares de fiéis são esperados para o funeral do líder, conhecido por seus cabelos encaracolados e suas vestes na cor de açafrão. Logo após o anúncio de sua morte, uma multidão se aglomerou em frente ao santuário do guru, em Puttaparti.

Sai Baba nasceu Sathyanarayana Raju em Puttaparti, em 1926. Aos 13 anos, anunciou que era a reencarnação de um líder religioso do século 19, venerado tanto por hindus quanto por muçulmanos. Ele arrebatou milhões de seguidores mundo afora com seus ensinamentos que eram um misto das duas crenças, que recitava com uma fala sempre suave.

O guru também dizia ter o poder de materializar objetos como anéis e relógios, habilidade desqualificada por seus críticos como meros truques para enganar as pessoas. Os fiéis, porém, acreditavam que ele tinha ainda a capacidade de curar doentes terminais."




*Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2011/04/24/morre-na-india-lider-religioso-sathya-sai-baba-924305449.asp#ixzz1KU4SshCz
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terça-feira, 19 de abril de 2011

Seja terapeuta de si mesmo! - (Flavio Bastos)


"Pedi e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei e abri-ser-vos-á. Porque aquele que pede, recebe; e o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á" (Jesus Cristo)


Poucos conhecem -ou acreditam-, mas existem tratamentos sutis e energéticos à base de pensamento elevado. Terapia que não onera o bolso de ninguém e proporciona, a quem acredita, benefícios em relação ao objetivo desejado. No mundo atual, cada vez mais somos induzidos à estratégia da propaganda, ou seja, ao jogo da sedução que exerce um poder hipnotizador sobre nossas mentes. Muitas vezes, sem percebermos, consumimos por indução ou ficamos à mercê de publicidades, que através da mídia, encarrega-se de nos receitar fórmulas da felicidade baseadas na prática e modelo consumista.

Manipulados psicologicamente e absorvidos pelo poder de sedução que dita regras de comportamento social estimulado pela moda, vamos, gradualmente, despersonalizando-nos e perdendo a capacidade de discernir sobre o que é mais importante ou prioritário para a nossa vida.

Desta forma, aproximamo-nos da dimensão da matéria e seus prazeres imediatos, supérfluos e nos distanciamos de nossa natureza espiritual, que quando associada às experiências da realidade física, proporciona-nos aprendizados que visam o amadurecimento do espírito.

A robotização proporcionada pelo poder de sedução do sistema alicerçado no materialismo gera indivíduos alienados de sua condição espiritual, já que o pensamento imediatista destas pessoas gira em torno de um conjunto de valores - e crenças - que determina uma tendência fundamentada em interesses lucrativos.

"Fugir" desta robotização, ou seja, do processo de despersonalização em massa, não é simples, pois exige do indivíduo, coragem para ir na contra-mão de poderosos interesses. E desafiar o poder exige uma indispensável ferramenta: a lucidez.

Gerada pelo poder de sedução do modelo materialista, a robotização, além de despersonalizar o indivíduo e agir sobre a sua auto-estima, ajuda a criar distâncias entre as camadas sociais. Nesse sentido, imperceptivelmente, a discriminação torna-se fator de geração de doenças pelo processo de somatização, pois, sentir-se excluído ou incapaz de atingir um patamar social que garanta uma melhor qualidade de vida para si e seus familiares, é motivo de desequilíbrios na esfera psíquico-espiritual.

Portanto, a "terapia gratuita" que poucos conhecem ou praticam no mundo ocidental, pode ser a prece espontânea. Ao elevarmos sistematicamente o nosso pensamento, geramos internamente uma energia compatível com o objetivo de nossas intenções, ou seja, a transparência das nossas intenções é regra básica para determinar -ou não- a alteração de nossa sintonia ou a mudança de nossa atitude diante da vida.

Outra opção de tratamento gratuito é a meditação, que quando elevada em forma de pensamento, possui a mesma qualidade terapêutica -ou energético-curativa- da prece espontânea.

Como sugestão, tanto numa opção quanto na outra, podem ser utilizadas palavras-chave de significado transcendental como "força, serenidade e equilíbrio", entre outras.

Força significa reação a uma situação estabelecida (o problema em si). Serenidade nos remete à busca por paz interior. Equilíbrio, por sua vez, une os dois significados anteriores em busca do discernimento e lucidez para entender o que se passa consigo, até o indivíduo atingir ou retomar o equilíbrio psíquico-espiritual.

Na prática da sugestão, ao mentalizarmos as três palavras-chave em nossa prece ou meditação, podemos ouvir uma música que eleve a alma, ou se preferirmos, simplesmente o silêncio.

No entanto, é importante mentalizarmos um ambiente de paz e harmonia. Por exemplo, a visualização do sol, do mar ou de uma cachoeira, representam a força da natureza. A serenidade pode ser representada por um campo florido ou um lago iluminado pelo sol ou lua cheia. O equilíbrio representado pelo ecossistema que relaciona-se à harmonia da imagem visualizada como um todo.

No conjunto da imagem, podemos visualizar no fundo o mar iluminado pela energia solar, e mais à frente, um campo coberto de flores e esvoaçantes borboletas. Ao mesmo tempo que visualizamos -de olhos fechados- essa harmoniosa imagem, repetimos mentalmente: "força, serenidade, equilíbrio"...

Entre os espiritualistas, independente de religiões, existe uma orientação natural que nos remete a um poder oculto (fé) que existe em cada um de nós. Poder que, quando despertado, é capaz de transformar realidades.

Contudo, contrário à essa orientação natural, existe um dito popular que nos remete a um direcionamento materialista associado ao mundo dos negócios e do lucro: "Tudo que de graça é dado, é pouco valorizado". Mesmo assim, vale a pena aproveitar a energia do universo acessível a todos os seres inteligentes e ser terapeuta de si mesmo...

A sugestão, porém, não tem a pretensão de induzir ninguém a uma ideologia, mas chamar a atenção para o discernimento necessário no sentido de cada indivíduo valorizar o que é importante para a sua vida. E a partir dessa clareza de intenções, priorizar ações em benefício de seu crescimento integral que envolve a saúde física e mental, o profissional, o social e o espiritual."



Fonte: www.flaviobastos.com

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Te Amo - (Vanessa da Mata)



Te Amo -  (Vanessa da Mata)
Mas o pior não é não conseguir

É desistir de tentar
Não acredite no que eles dizem
Perceba o medo de amar
Eu cresci ouvindo anedotas, clichês e
chacotas
Frustrações
Sobre amasiar, se casar
Se entregar seria fraquejar

Te amo, te amo, te amo

E se o tempo levar você
E um dia eu te olhar e não te reconhecer
E se o romance se desconstruir
Perder o sentido
E eu me esquecer por ai
Mas nós somos um quadro de Klint
"O Beijo" para sempre fagulhando em cores
Resistindo a tudo seremos
Dois velhos felizes
De mãos dadas numa tarde de sol
Pra sempre

Te amo, te amo, te amo

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Respirar no Amor - (Osho)


"O amor é sempre novo. Ele nunca envelhece porque é não-cumulativo, não-armazenador.

O amor não conhece nenhum passado; é sempre fresco, tão fresco como as gotas de orvalho. Ele vive momento a momento, é atômico. Não tem nenhuma continuidade, não conhece nenhuma tradição.

Cada momento ele morre e cada momento ele renasce novamente. É como a respiração: você inspira, você expira; de novo você inspira e expira. Você não o guarda dentro.

Se você segurar a respiração você irá morrer porque ela se tornará viciada, ela se tornará morta. Ela irá perder aquela vitalidade, a qualidade da vida. O mesmo acontece com o amor; ele está respirando; a cada momento ele se renova. Então quando ficamos presos no amor e paramos de respirar, a vida perde toda significância.

E é isso que está acontecendo com as pessoas: a mente é tão dominante que ela até mesmo influencia o coração e o torna possessivo! O coração não conhece nenhuma posse, mas a mente o contamina, o envenena.

Então se lembre: apaixone-se pela existência! E deixe que o amor seja como o respirar. Inspire e expire, mas deixe que seja o amor entrando, saindo. Pouco a pouco a cada respiração você precisa criar essa mágica de amor.

Torne isso uma meditação: quando você expirar, sinta que você está derramando seu amor na existência; quando você inspirar, a existência está derramando seu amor em você. E logo você verá que a qualidade da sua respiração está mudando, assim ela começa a ficar algo totalmente diferente daquilo que você sempre conheceu antes.

Eis porque na Índia a chamamos de o prana da vida, não é apenas respirar, não é somente oxigênio. Algo mais está lá presente, a própria vida."




Fonte: "Pharmacy for the Soul"; Osho.

Fonte:"Pharmacy for the Soul"

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Sim, Somos Todos UM! III - (Wagner Borges)


"Quando o Amor desce aqui, o que fazer?

Quando o chão vira céu estrelado...
E os chacras da gente parecem pequenos sóis.

Quando as lágrimas brotam dos olhos espontaneamente...
E escorrem pelo rosto como pérolas.
Enquanto a rosa floresce no coração...

Quando o tempo e o espaço viram pura Luz branca...
E a gente se dilui nela.
Enquanto a mente se apequena diante do Eterno...

Quando as palavras somem na imensidão...
E, mesmo assim, o coração da gente nos chama...
E diz: "É só o Amor que nos leva".

Quando a gente escuta o canto dos astros...
E sente o infinito nas palmas das mãos.
E quer dar passes espirituais em todo mundo.

Quando a gente não entende...
Só sente... E compreende.
E deixa a consciência boiar na Luz...

Quando os olhos da gente também se tornam estrelas...
E vêem as esferas astrais - e a vida se renovando...
Ah, só se sente gratidão.

Quando a gente vê as galáxias rodopiando no Coração do Todo...
Se sente igual criança - se sente unido a tudo.
E o coração da gente diz: "SOMOS TODOS UM!"

Quando o Amor desce aqui...


P.S.: Quando a gente chora na Luz, as lágrimas viram pérolas.
Porque é n'Ela que também choram os iniciados espirituais.
Eles choram pelo da dor do mundo, enquanto oram em silêncio.
E o Grande Arquiteto Do Universo faz brotar uma flor em seus corações.
Então, o Amor faz o chão virar Céu... E a gente compreende.
Que isso não se explica... Só se sente.
Sim, só se sente...***


Gratidão.
Paz e Luz.
- Wagner Borges - criança do Todo em corpo de homem, sempre aprendendo... E cada vez mais espiritualista, e muito contente com sua jornada...
São Paulo, 04 de abril de 2011.

- Notas: Enquanto eu passava essas linhas a limpo, rolava aqui no som o maravilhoso CD "Pure Dreaming" - do tecladista new age inglês Kevin Kendle. A 4ª faixa desse trabalho chama-se "Evening Star", e é pura carícia sonora. Trata-se de música que inspira o ouvinte a pensar e sentir o Céu em seu próprio coração. É um CD excelente para práticas meditativas, bioenergéticas e projetivas, e também para aplicação de massagem, Rei Ki, cura prânica, passe, e momentos de serenidade e mergulho interior.



 
 
*Wagner Borges é pesquisador, conferencista e instrutor de cursos de Projeciologia e autor dos livros Viagem Espiritual 1, 2 e 3 entre outros.
 
Fonte: http://www.stum.com.br/conteudo/c.asp?id=10772

A ascensão da consciência coletiva - (Uma mensagem de Jesus/Jeshua por Judith Coates)

A ASCENSÃO DA CONSCIÊNCIA COLETIVA

Uma mensagem de Jesus/Jeshua por Judith Coates
12 de Abril de 2011


"Amados, há muita coisa acontecendo em seu mundo agora que está exigindo a sua cura na Luz e no amor, muita coisa que está requerendo que a sua consciência perceba além das aparências e saiba que tudo, verdadeiramente, está em seu próprio e perfeito despertar.

Agora, pode não parecer assim. Quando a sua mídia estiver ativa, fazendo o que se atribuiu fazer, permitam-se dizer: “Sim, isto é um aspecto do que está acontecendo, mas há muito mais que está acontecendo sob a superfície das aparências. Há muito mais que, verdadeiramente, está chegando para ser curado.”

Geopoliticamente, por um longo tempo, tem havido ensinamentos de gerações, de separação. Agora, vocês vêem aqueles ressurgindo em um despertar, sem saber bem o que eles estão pedindo, mas sabendo que eles querem uma mudança. E vocês vêem a oposição. Em um mundo que acredita na dualidade, vocês encontrarão oposição a qualquer coisa que venha à tona.

Estas são as revoltas que eu disse que vocês veriam, e eu sugeri que vocês olhem além dos motins para saber que verdadeiramente, quando o agricultor sair para cultivar a sua terra e plantar um novo jardim, a primeira coisa que ele terá que fazer é lavrar a terra. Ele terá que revolver a terra e preparar este solo para as novas sementes e o crescimento de novas plantas.

A Mãe Terra estará fazendo algumas mudanças. Vocês estiveram vendo alguns vulcões que estão sendo despertos, e um pouco de massas de terra se deslocando. Enquanto o despertar acontece no interior, vocês observarão mudanças no exterior. Permitam-se o ponto de vista do espectador, tanto quanto possível, e se houver orientação para que sejam ativos, permitam-se serem produtivos, ajudando outros.

Neste ano do seu tempo, vocês verão muitas revoltas, e um pouco disto chegando ao seu litoral, as suas montanhas, aos seus locais de habitação. Algumas vezes, vocês as reconhecerão pelo ego separado; em outras palavras, vocês sentirão um pouco de medo. Mas na maior parte do tempo, vocês se lembrarão do que eu disse.

Eu desejo continuar agora a nossa conversa sobre a evolução da consciência e a evolução do despertar. Temos falado com vocês, como vocês, como uma consciência humana coletiva, estiveram no lugar mais denso. Vocês desceram até à maior densidade que poderiam imaginar, porque queriam saber: “Como é criar aquilo que aparentemente é distinto do divino?”
E as vidas foram curtas, porque vocês não queriam estar naquelas existências. Gradualmente, vocês saíram daquela densidade, a primeira dimensão, a mais densa, e disseram: “Deve haver algo mais que eu possa experienciar. Deve haver algo que seja mais fácil, mais gratificante do que eu estou experienciando.”

E assim com este pensamento, com este vislumbre de que poderia haver algo diferente, vocês entraram na realidade da segunda dimensão, em um espaço que não era tão denso, mas que estava ainda cheio de desafios e sem estarem despertos, sem nem mesmo terem um vislumbre por muito tempo, de que poderia haver algo além daquilo.

E então, novamente, veio o pensamento: “O que mais eu posso criar? O que pode ser diferente disto?” E vocês entraram na realidade da terceira dimensão, que é onde agora habita o seu mundo. A consciência coletiva, na sua maior parte, está na terceira dimensão, tendo saído da grande densidade.

Agora vocês têm idéias, lembranças, anseiam dentro de si mesmos ver o que mais poderia haver: “Talvez eu possa viver em paz e na amizade com os meus irmãos e irmãs. Talvez eu possa viver em um espaço de saúde; saúde do corpo, saúde da mente, saúde nas amizades e relacionamentos. Talvez eu possa ser o amor do que eu tenho ouvido falar.” A cada vez que este pensamento surge em sua mente, vocês entram nas possibilidades da quinta dimensão.

Vocês ainda têm o pé na terceira dimensão, porque há muita coisa que têm que cuidar no mundo, então vocês não renegam o mundo. Quando eu estive aqui há dois mil anos, eu não rejeitei o mundo. Eu vi as manifestações de irmão contra irmão. Eu vi a crueldade. Eu vi o julgamento. Eu vi a raiva e a inveja. Mas eu também vi a divindade de irmãos e irmãs. Eu também vi o potencial do Cristo viver e ser expresso por cada um dos irmãos e irmãs, incluindo aqueles que pareciam estar na oposição.

Eu conhecia o potencial do Cristo ressurgir. E é onde vocês estão agora. Vocês sabem que há o potencial para aqueles resolverem a sua oposição e a sua separação, um do outro. Saibam, ainda que não o vejam ainda, que é possível que aqueles possam viver lado a lado, em paz, ainda que eles não possam acreditar no mesmo conjunto de idéias, mas eles podem ainda assim respeitar as diferenças nas idéias e eles podem permitir que aqueles tenham diferenças. Quando vocês fizerem isto, entrarão em um espaço expansivo para si e também para a consciência coletiva.

A quarta dimensão ocorre quando há este vislumbre da possibilidade de que poderia haver algo mais expansivo, diferente do que os pais, dos seus pares e daqueles que aparentemente estão no controle, lhes disseram como a vida tem que ser. E quando refletem sobre esta possibilidade, vocês pedem que seja uma probabilidade. Quando acreditam na probabilidade com a intenção de que ela se manifeste, torna-se a realidade.

Então, agora vocês estão em um espaço mais maravilhoso, porque conhecem a possibilidade e têm a intenção de conhecer a probabilidade. Quanto mais se concentram em algo, mais real ele se torna para vocês e por vocês.

Nos próximos doze meses do seu tempo, vocês verão uma grande mudança na consciência coletiva. Isto está acontecendo agora; está em processo. Alguns estão buscando, como vocês estão.

Há muitos grupos em toda a face de nossa sagrada Mãe Terra, que estão pedindo para ver algo diferente do que eles foram educados para acreditar; ver a paz, o amor, a amizade, o respeito; conhecer a compaixão.

Ao longo de eons de tempo em que a nossa sagrada Mãe Terra tem conhecido a vida na superfície e no interior, tem havido civilizações que chegaram em seu despertar. Vocês conhecem algumas destas em sua história, principalmente na história mitológica e lendária. Aqueles que vivem agora dizem: “Oh, sim. Aquelas são apenas histórias. Lemúria é apenas uma história.” Bem, é uma história, mas é também e foi uma realidade, e muitos de vocês viveram na Lemúria. Muitos de vocês conheceram a proximidade da natureza e a vibração da Natureza, na Lemúria, e vocês a adoravam na Unidade, porque se conheciam como a vibração da natureza, e sabiam como incentivar as plantas, as árvores, a vegetação, as montanhas, a crescerem, a se comunicarem com vocês. Vocês conheciam a Unidade da comunicação. E assim, Lemúria cumpriu o seu contrato.

A Atlântida tem outro foco de atenção, e cumpriu o seu contrato. O mesmo acontece com muitas civilizações que vieram e desapareceram, e vocês têm escritos delas que parecem ser apenas histórias.

Vocês foram todas as coisas e muito mais do que agora se lembram. Vocês são mais eruditos, mais poderosos, mais grandiosos do que se conhecem ser, e é isto que estão vivendo na consciência agora. Vocês estão vivendo em uma consciência expandida, chamada de energia da quinta dimensão, e continuarão a partir desta energia, enquanto desejarem conhecer mais e mais a expansão. E isto se difundirá para a consciência coletiva. Isto se difundirá aos locais onde saberão verdadeiramente como viver com amor, na expansão, momento a momento.

O ego separado será uma história. Ele terá desempenhado o seu papel e vocês lhe agradecerão por ser parte do script do teste que vocês fizeram, mas dirão a ele: “O seu contrato está terminado. Eu não preciso mais de você. Lembro-me da Unidade com a minha divindade criativa. Agora o que poderei criar?”

E porque vocês estarão em um estado de amor, criarão mais e mais amor, porque o amor é expansivo. Quando se apaixonaram por alguém, vocês se esqueceram do pequeno eu. Vocês estavam tão presos no amor do outro, ou de um animal de estimação, talvez, que se expandiram para um espaço de Unidade com eles, e isto foi sentido de forma maravilhosa.

Quando eram jovens e tolos e de nada sabiam, vocês se apaixonaram e algo de vocês permaneceu lá. A maior parte de vocês foi chamada de volta ao mundo e vocês colocaram limitações em torno do amor, mas ele está sempre com vocês, e a qualquer momento que queiram se lembrar do amor, vocês podem.

A qualquer momento que queiram conhecer o amor, invoquem-me, pois eu os amo com um amor que é eterno e imutável. Eu sou o seu amante. Estou sempre com vocês. Assim, se quiserem conhecer o amor e sentirem que não há mais amor no mundo, invoquem-me. Eu não os abandonarei. Eu nunca os abandonei.

Mesmo durante a crucificação, quando, aparentemente, era o meu fim, o que eu fiz? Eu voltei. Eu disse que não os deixaria. Nunca os deixarei. Estou sempre com vocês. Não importa para onde mudem, não importa onde vocês viajem, não importa como as coisas pareçam ser agradáveis ou desagradáveis, eu estou sempre com vocês.

A consciência coletiva está pedindo agora este tipo de amor. Ela está evocando, está buscando em livros, em seus filmes, nas gravações magnéticas, em seus grupos. A consciência coletiva quer conhecer o próximo estágio do ser, e assim vocês o anteciparão, em um processo de ascensão, uma ascensão na consciência.

Vocês são poderosos. Vocês são grandiosos. Assim se permitam a cada vez que houver um sentimento de questionamento, de querer saber para onde ir, o que fazer, tomem uma respiração profunda e digam para si mesmos. “Eu sou amado”, porque vocês são. E então dêem um passo mais longe: “Eu sou Amor”, porque é isto que vocês verdadeiramente são.

Vocês são a expansibilidade do amor. Eu uso esta palavra porque é o conceito mais próximo para conhecer a divindade de vocês. Quando se apaixonam, quando se sentem amados, permitem uma fresta da porta, a janela se abre um pouco, e vocês têm um vislumbre da vastidão, da expansibilidade que vocês são, a paz que vocês são. Este próximo ano testará a sua paz.

Nos próximos meses vocês estarão percebendo uma aceleração do tempo. Vocês experienciarão uma aceleração dos acontecimentos, das revoltas, coisas acontecendo e se resolvendo, mesmo onde o ego separado disse que não poderia haver resolução; que levaria outra geração ou mais para resolver.

Acreditem que a resolução pode vir rapidamente. Saibam que ela pode vir rapidamente, porque vocês são os mestres do destino da consciência coletiva. Ouçam bem isto: vocês são os mestres de sua realidade e da realidade da consciência coletiva. Vocês são os mestres do destino e da rapidez com que isto pode vir.

Tenham a intenção de viver na divindade do amor que vocês são. Tenham a intenção. Definam isto para si a cada manhã, logo ao despertarem e darem o seu primeiro bocejo. Ao darem este primeiro bocejo, permitam-se sentir expansivos. Absorvam todo o ar a sua volta e saibam que vocês estão preenchendo a energia do ser com o amor que vocês são, e vocês ficarão muito entusiasmados ao sair neste dia e compartilhá-lo com todos. Permitam que o seu amor envolva o globo. Visualizem-no.

Vocês se lembrarão. Vocês lerão histórias que os entusiasmarão. Lerão conceitos intelectuais que os animarão. Usarão a mente para servir ao coração. O coração quer amar, absorver todos como Um – “U” maiúsculo. E assim vocês usarão a sua mente, a capacidade intelectual que está chegando muito rapidamente agora, com toda a sua tecnologia, para provar para si mesmos, que estão conectados.

O despertar da consciência – é onde vocês estão neste ano. É o processo de ascensão na consciência, de estar em paz, estar apaixonado, conhecer a divindade que a tudo ativa; ser o observador que recua e sabe, que proclama a Unidade, a verdadeira Unidade de tudo o que está acontecendo. Tudo serve à Reconciliação.

Permitam-se ter os pés na terceira dimensão ainda, porque há coisas mundanas que têm que ser cuidadas. Mas permitam que o ser interior de vocês esteja em paz, sabendo que, verdadeiramente, vocês moldaram todas as atividades ao redor de vocês e podem contemplar o seu verdadeiro significado.

Permitam-se viver em uma consciência em ascensão, mesmo enquanto estiverem fazendo as coisas mundanas que têm que ser atendidas. Sintam a expansão. Sintam o amor. Permaneçam no amor. Permaneçam no não julgamento. E se vocês devem julgar, julguem a partir do espaço do Observador que a tudo vê a partir de t-o-d-a a visão sagrada. E saibam que sempre, enquanto vocês viverem neste espaço, o espaço sagrado em ascensão, eu estarei sempre com vocês.

Nada temas, pois o Cristo os está guiando.

Que assim seja. "


Jeshua bem Joseph (Jesus)
Expressando-se através de Judith Coates






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Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br

terça-feira, 12 de abril de 2011

Ser Amor - (Swami Dayananda Saraswati)



Qual é a conexão entre o amor e Brahman?

Brahman é o Ser ilimitado, que é ānanda, plenitude. Amor é uma expressão desse ānanda, da sua própria felicidade, da sua própria plenitude. Quando você age de maneira amorosa, as suas ações retornam para você na forma de amor.

Assim você aprende a amar. Você não vai ser amado pedindo para as pessoas que lhe amem, mas agindo amorosamente. O amor como substantivo pode ser complementado pelo amor como adjetivo: agir de maneira amorosa.

Quando você se preocupa pelo meio-ambiente, por exemplo, por menor que seja a ação que você faz, ela tem um eco, tem um resultado.

Quando eu era criança e morava num vilarejo do interior de Tamil Nadu, eu costumava andar pelas plantações, à pedido da minha mãe, que dizia que as plantas tinham que me ver, tinham que me sentir.

Ela dizia que eu tinha que cuidar, tinha que me preocupar com o bem-estar das plantas daquele lugar, que era nosso.

Essa tarefa que ela me encomendava é uma expressão de amor, ela me ensinou a amar as plantas dessa maneira. Ela tinha razão: era muito sensível, simples e tinha valores. Isso foi importante para minha formação.

Assim, quanto mas amorosamente você agir, quanto mais cuidadoso, compassivo e atento você for, mais confiante e menos inseguro você fica. Dessa maneira, terá mais Īśvara em sua vida, pois você inclui o Todo, mesmo que seja num nível pequeno.

Precisamos dessa "pessoa expandida" para podermos crescer. Essa é a conexão entre o amor e Brahman."


http://www.yoga.pro.br/artigos/1014/3023/ser-amor-ser-amor

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Culpas e mágoas, bye-bye! - (Satsang com Swami Dayananda Saraswati)


Omissão é algo que deixou de ser feito. Comissão é algo que foi feito. Omissões e comissões acontecem ao representarmos papéis na vida.


Omissões e comissões próprias são referentes ao papel do kartaḥ, o fazedor. Omissões e comissões alheias são referentes ao papel do bhoktaḥ, o desfrutador.

A) Omissões e comissões minhas me fazem sentir culpado:
1) Omissão: "por que não fiz isto?"
2) Comissão: "por que fiz isto?"


B) Omissões e comissões dos demais me ferem, me magoam.
3) Omissão: "por que ele não fez isto?"
4) Comissão: "por que ele fez isto?"


A culpa sempre acompanha àquele que se identifica como kartaḥ, agente das ações.

A mágoa sempre acompanha àquele que se identifica como bhoktaḥ, o desfrutador dos resultados das ações.

Você não é nem o kartaḥ nem o bhoktaḥ, nem o agente das ações nem o desfrutador dos seus resultados. Você é a testemunha invariável que observa as ações e seus resultados.

Compreender isso é mokṣha. Assim, você se liberta das culpas e mágoas e vive uma vida dhármica e feliz.


http://www.yoga.pro.br/artigos/1013/3023/culpas-e-magoas-bye-bye

sábado, 9 de abril de 2011

Ser Amigo da Vida - (Prem Baba)


"A mensagem não está nas palavras, mas nas entrelinhas. É possível compreender o que eu estou transmitindo por meio das palavras, da mente lógica e do raciocínio?


Eu estou sempre tentando, de várias maneiras. Aprimoro o jeito de falar, vejo se te encanto, e nesse encantamento, nesse enamoramento, de repente - opa! - algo acontece. Mas você tem muito medo da vida - uns mais, outros menos.  Medo de desfrutá-la, de viver sem problemas, ter uma mente desocupada, sem nada a fazer. Isso é uma mente meditativa.

Mas a verdade é que você não suporta essa desocupação. Você tem de se ocupar, e o que você faz para isso?  Cria um problema.  Inventa, às vezes do nada, e tem se tornado especialista nisso - tem ficado bom mesmo. (risos)

É isso que quero dizer sobre a mente ter passado dos limites: ela se tornou especialista em criar problemas; ela tem sido o grande general do sofrimento. A sua mente tem estado a serviço dessa entidade chamada “sofrimento”.

E o que estou lhe convidando a fazer é relaxar e desocupar a mente. Experimente, corra o risco!

Você terá de correr o risco e abandonar os velhos hábitos, para simplesmente Ser. Você está ocupado tentando ser.  Todos os problemas que você tem criado são resultado dessa tentativa de ser.  Abandone as tentativas: apenas seja.

E como você tenta ser? Criando problemas para poder superá-los.

Então, eu lhe digo: não há necessidade alguma de criar problemas.  Para isso, faz-se necessário correr o risco de simplesmente ser.  Estou lhe convidando para desfrutar e saborear cada momento da vida, sentindo-a, e não pensando sobre ela. Não tentando resolvê-la como se resolve um problema matemático, mas vivendo como quem vive um mistério, desfrutando desse mistério. Quando está apaixonado por alguém, você não quer desvendar aquele mistério?  É assim que você deve se relacionar com a vida.

Você deve ser mais amigo da vida.  Você tem sido inimigo dela, e isso tem gerado muitos conflitos. Faz-se necessário que você se harmonize com a vida e com a natureza, e possa voltar a ouvir o canto dos pássaros, as águas do rio correndo, a brisa soprando nas árvores, e que se sinta parte integrada disso - em unidade, em comunhão com a vida. Isso só é possível através do coração.

Ouça essas palavras com o coração. Permita que elas ecoem dentro de você. Permita que a mensagem chegue até você. Não há porque se defender, de verdade!

Esse sentimento básico de ameaça é só mais um personagem do seu filme mental: é ilusão. Respire, ocupe seu corpo. Faça respiração ujai: projete a respiração que passa pelas narinas na garganta. Assim, você irrigará o sistema endócrino e o sistema nervoso, e evocará a presença. Com a atenção no momento presente, todos esses fantasmas serão exorcizados. Pois a luz do momento presente ilumina toda e qualquer escuridão; o poder do amor, que se revela quando você está no momento presente, é capaz de curar todas as doenças; é através do amor, da aceitação e da compreensão que a verdade se revelará. E toda a transformação que se fizer necessária, acontecerá.

Procure realmente colocar o sentimento no seu escutar - você estará se movendo dentro da confiança, e a confiança é quando você escuta com o coração, e não com a parte da sua mente que concorda e discorda.  Aí você começa a se aproximar de mim. Nesse momento, todo o universo se move, os anjos do céu cantam e tocam cornetas e clarins, porque você conseguiu realizar a mais longa jornada: saiu daqui (mente) e veio para cá (coração)."

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Sétimo Céu - (Barbara Kaplan Herring)


"Em nosso corpo existem sete chakras, ou centros de energia, que ficam bloqueados devido a tensões constantes ou a uma baixa autoestima. Ao praticar posturas que correspondem a cada chakra, podemos aliviar estes bloqueios e abrir caminho para uma maior consciência.


O sistema de chakras proporciona uma base teórica para adequar a nossa prática de Yoga à nossa personalidade e às circunstâncias. Tradicionalmente, os indianos viam o corpo como se contivesse sete chakras principais, ordenados verticalmente desde a base da espinha até o topo da cabeça. Em sânscrito, chakra é uma palavra que significa roda, e estas “rodas” foram representadas como vórtices giratórios de energia.

Cada chakra está associado a funções específicas do corpo e a questões específicas da vida e à forma como lidamos com elas, tanto dentro de nós mesmos como em nossas interações com o mundo. Os chakras são centros de força e podem ser considerados os locais onde recebemos, absorvemos e distribuímos as energias da vida. Através de situações externas e hábitos internos, como tensão física contínua e uma autoimagem limitada, a energia do chakra pode se tornar tanto insuficiente quanto excessiva e, portanto, desequilibrada.

Este desequilíbrio pode se desenvolver temporariamente devido a desafios situacionais ou podem ser crônicos. Um desequilíbrio crônico pode se originar de experiências vividas na infância, estresses ou sofrimentos passados, além de valores culturais internalizados. Por exemplo, uma criança cuja família se muda frequentemente de cidade pode ter dificuldades para aprender o que é se sentir enraizado em um local, e pode crescer com um primeiro chakra deficiente.

Um chakra deficiente não recebe a energia adequada e nem revela facilmente a sua energia para o mundo. Há uma sensação de estar física e emocionalmente fechado na região de um chakra deficiente. Pense nos ombros caídos de alguém que está se sentindo deprimido e sozinho, com o chakra do coração retraído no peito. O chakra deficiente precisa ser aberto.

Quando a energia de um chakra é excessiva, ele fica sobrecarregado para funcionar de forma saudável e se torna uma força dominante na vida da pessoa. Por exemplo, alguém com excesso de energia no quinto chakra (garganta) pode falar demais e ter dificuldade de escutar os outros. Se este mesmo chakra for deficiente, a pessoa pode ter constrangimento e dificuldade de comunicação.



Muladhara Chakra (Raiz)
Minha aluna Anne me ligou recentemente para agendar uma sessão particular de Yoga. Por causa do trabalho de seu marido, alguns meses antes ela havia se mudado do estado da Geórgia para a região metropolitana de São Francisco. Apesar de ter gostado da mudança, ela ainda não estava se familiarizando com a casa nova e tinha dificuldades em encontrar um emprego como designer gráfica. Além de sentir saudades da família, tinha medo de não encontrar trabalho, o que a deixava cansada e com receio de pegar um resfriado.

Se a Anne tivesse procurado um consultor de carreiras, um psicoterapeuta e um médico, cada um de seus problemas teria sido tratado em separado – e assim ela teria certamente conseguido resolvê-los de forma bem sucedida. Porém, como há anos tenho visto a vida através das lentes do sistema de chakras, uma forma de entender a vida humana que combina Yoga e medicina tradicional indiana, eu conseguia ver uma consonância nos problemas da minha aluna. E, o que é mais importante, eu estava certa de que tinha condições de sugerir a ela posturas de Yoga e outras práticas que a ajudariam a enfrentar cada um de seus desafios.

Os sintomas da Anne me pareciam uma deficiência no primeiro chakra. Isso não era uma surpresa, pois as mudanças recentes na vida dela representavam clássicos desafios ao primeiro chakra. O Muladhara Chakra (Chakra Raiz) está centralizado no períneo e na base da espinha. Este vórtice de energia está relacionado ao cuidado com nossas necessidades de sobrevivência, à afirmação de uma sensação saudável de ligação à terra, de proporcionar cuidados básicos ao corpo e limpar as suas impurezas. Entre as partes do corpo que se associam a ele estão a base da espinha, as pernas, os pés e o intestino grosso.

As circunstâncias que arrancam as nossas raízes e causam uma deficiência no primeiro chakra (o que aconteceu com a Anne) incluem viagens, mudanças, apreensão, grandes alterações no corpo, na família, nas finanças e nos negócios. Algumas pessoas, principalmente aquelas com mentes inquietas e imaginação ativa, não precisam de desafios específicos para tornar este chakra deficiente; elas se sentem “desaterradas” a maior parte do tempo, vivendo mais na mente do que no corpo.

Experimentamos deficiências neste chakra como “crises de sobrevivência”. Sejam elas brandas ou severas – ao sofrer uma ação de despejo, falência ou apenas uma gripe – estas crises normalmente exigem uma grande ação imediata. Por outro lado, sinais de excesso no primeiro chakra se refletem em ganância, acumulação de posses ou dinheiro, ou a tentativa de se “aterrar” através do ganho de sobrepeso.

Várias posturas de Yoga corrigem desequilíbrios no primeiro chakra, trazendo-nos de volta ao nosso corpo e à terra, ajudando a nos sentirmos seguros, protegidos e tranquilos. O Muladhara Chakra representa o “aterramento” físico e emocional, está associado ao elemento terra e à cor vermelha, que tem uma vibração mais lenta do que as cores que simbolizam os outros chakras.

Para ajudá-la a se “aterrar”, Anne e eu começamos a prática com foco nos pés. Todas as posturas que alongam e fortalecem as pernas e os pés a favorecem o primeiro chakra. Ela fez movimentos com um pé e depois com o outro sobre uma bolinha de tênis, para que a pressão despertasse as solas (um mini-tratamento de acupuntura) e abrisse as “portas” dos pés.

Para estimular os dedões e encorajá-los a se abrir para as posturas em pé, ela se sentou com as pernas cruzadas e entrelaçou os dedos das mãos entre os dedos dos pés, desde a sola até o topo dos pés. Depois, ela se ajoelhou sobre os pés por alguns instantes. Após estes aquecimentos, fizemos uma hora de aberturas de panturrilha, alongamentos dos tendões e posturas em pé, para ajudá-la a abrir, fortalecer e fixar sua atenção para a parte inferior do corpo.

Quando nossos tendões estão enrijecidos, a contração cria uma sensação de que estamos sempre preparados para sair correndo. Conforme alongava a parte posterior das pernas fazendo Uttanásana (postura do alongamento intenso) e Janu Sirsásana (postura da cabeça no joelho), a Anne sentia alguns dos benefícios do primeiro chakra: tranquilidade, paciência, uma vontade de desacelerar e ficar quieta. Conforme ia fortalecendo os quadríceps e abrindo os tendões, conseguia recuperar a autoconfiança e o engajamento necessário às próximas etapas que encontraria em sua jornada. Os seus medos diminuíam à medida que se permitia confiar na terra e em seu próprio corpo.

Anne e eu terminamos nossa sessão com uma série de posturas restaurativas, como Supta Baddha Konásana (postura reclinada em ângulo fechado), Salamba Savásana (postura do cadáver com apoio) e Salamba Balásana (postura da criança com apoio). Todas elas ajudam a assentar uma mente hiperativa e encorajam a nos rendermos à ação da gravidade. Ao final da nossa sessão, ela não estava mais angustiada. Sentindo o próprio corpo como se fosse a sua casa, ela estava mais bem preparada para os desafios que tinha que enfrentar.



Svadisthana Chakra (Quadril, Sacro, Genitais)
Em sânscrito, o segundo chakra é chamado de Svadisthana, que é traduzido como “o seu próprio lugar ou base”, o que indica o quanto este chakra é fundamental para as nossas vidas. Um aluno que esteja com problemas relacionados ao segundo chakra pode estar enfrentando preocupações bem diferentes das de Anne. O trabalho com o primeiro chakra destinava-se a colocar as coisas em ordem. As atividades voltadas ao segundo chakra devem permitir que haja movimento emocional e sensual em nossas vidas, para que possamos nos abrir ao prazer e aprender a “seguir o fluxo normal das coisas”.

Associado aos quadris, o sacro, a coluna lombar, os genitais, o ventre, a bexiga e os rins, este chakra está relacionado à sensualidade, sexualidade, emoções, intimidade e desejo. Todos os nossos fluxos corporais têm a ver com este chakra: circulação, urinação, menstruação, orgasmo, lágrimas. A água flui, se movimenta e se transforma; um segundo chakra saudável deve nos permitir fazer o mesmo.

Tentar influenciar o mundo externo não faz parte das atribuições do segundo chakra. Em vez de exigir que o nosso corpo ou um relacionamento seja diferente, o segundo chakra nos motiva a experimentar os sentimentos que surgem conforme nos abrimos para a vida como ela é. Conforme nos permitimos aceitar isso, saboreamos a doçura (ou amargura) da vida. Quando diminuímos nossa resistência à vida, nosso quadril se solta, nossos órgãos reprodutores se tornam menos tensos, e nos tornamos abertos a vivenciar nossa sensualidade e sexualidade.

Junto com o segundo chakra na pelve, os outros chakras de número par (o quarto, do coração, e o sexto, do terceiro olho) são relacionados às qualidades “femininas” de remissão e sinceridade. Estes chakras exercitam o nosso direito de sentir, amar e ver. Os chakras de número ímpar, encontrados nas pernas e pés, no plexo solar, na garganta e na coroa da cabeça, estão relacionados ao esforço “masculino” de empregar a nossa vontade no mundo, reivindicando nossos direitos a ter, indagar, falar e saber. Os chakras masculinos, de número ímpar, tendem a mover a energia através de nossos sistemas, empurrando-a para fora no mundo, criando receptividade e calor. Os chakras femininos, de número par, esfriam e atraem a energia para dentro.

No mundo moderno, o princípio masculino e feminino da vida está desequilibrado. A energia masculina da ação e expressão frequentemente domina a energia feminina da sabedoria e aceitação, causando um aumento do estresse em nossas vidas. Por isso, muitas pessoas estão assumindo uma ética de trabalho que ridiculariza o prazer e proporciona pouco tempo ao lazer e ao descanso. Após ter trabalhado o segundo chakra em um workshop, uma aluna me contou como era difícil se permitir ter prazer em sua vida, pois era viciada em trabalho.

Criamos um plano para que ela pudesse se permitir 20 minutos diários dedicados ao poder curativo do prazer: ouvir música, fazer posturas suaves de Yoga, receber uma massagem. Nossas vidas nos dão inúmeras oportunidades para nos expressarmos e sermos ativos; precisamos ter certeza de complementar essas ações com relaxamento e receptividade, tanto em nossa prática de Yoga quanto fora dela. Harmonia exige equilíbrio. Em Yoga, isso significa criar uma prática que combine força e flexibilidade, esforço e entrega. Qualquer desequilíbrio em sua prática de Yoga será refletido nos seus chakras.

Em uma cultura tão confusa quanto a nossa a respeito de sexualidade, prazer e expressão emocional, uma infinidade de caminhos nos levam a ter um segundo chakra desequilibrado. Por exemplo, pessoas que foram educadas em um ambiente onde as emoções eram reprimidas ou onde o prazer era negado terão maior propensão a ter falta de energia no segundo chakra. Os sintomas de deficiência no segundo chakra incluem o medo do prazer, distanciamento de seus próprios sentimentos e resistência a mudanças.

Problemas sexuais e incômodos na coluna lombar, nos quadris e nos órgãos reprodutores também pode ser sinal de que este chakra precisa de um pouquinho de atenção. Abuso sexual sofrido durante a infância pode levar a sentir este chakra fechado ou fazer com que a energia sexual se torne a parte dominante da personalidade. Um segundo chakra sobrecarregado pode fazer uma pessoa ter um comportamento excessivamente emocional, ter desejo compulsivo por sexo ou ter problemas com limites. O excesso também pode ser o resultado de um ambiente familiar onde havia constante necessidade de estímulo sensorial (festas e divertimento) ou dramas emocionais frequentes.

Os ásanas para o segundo chakra nos auxiliam na adaptabilidade e receptividade. A posição da perna em Gomukhásana (postura da cara de vaca), a flexão para frente com as pernas no primeiro estágio de Eka Pada Rajakapotásana (postura do pombo), Baddha Konásana (postura reclinada em ângulo fechado), Upavistha Konásana (postura do ângulo afastado), e todas as outras aberturas de quadris e virilhas proporcionam liberdade de movimentos na pelve. Estas aberturas de quadris e virilhas nunca devem ser forçadas, pois exigem a força sutil e feminina de sensibilidade e entrega.



Manipura Chakra (Umbigo, Plexo Solar)
Localizado na área do plexo solar, do umbigo e do sistema digestivo, o ardente terceiro chakra é chamado de Manipura, a “joia reluzente”. Associado à cor amarela, este chakra está relacionado à autoestima, à energia combativa e ao poder de transformação; ele também rege a digestão e o metabolismo. Um terceiro chakra saudável e vivaz nos ajuda a dominar a inércia, a dar impulso à nossa atitude de ação para que possamos correr riscos, afirmar nossa vontade e assumir a responsabilidade pela nossa própria vida. Também é deste chakra que sai aquela gargalhada que vem do fundo da barriga, a receptividade, a naturalidade e a vitalidade que ganhamos ao praticar atitudes abnegadas.

Correr riscos de forma consciente é uma forma de ganhar confiança e tornar os seus músculos de força do terceiro chakra mais flexíveis. Para algumas pessoas, é um risco mudar de Tadásana (postura da montanha) para Urdhva Dhanurásana (postura do arco elevado); para outros, ir à primeira aula de Yoga já representa um risco. Os riscos podem envolver a confrontação, o estabelecimento de limites, ou até mesmo pedir aquilo que desejamos – todos são formas de reivindicar o nosso poder.

Problemas digestivos, desordens alimentares, sentir-se vítima, ou ter uma baixa autoestima podem ser indícios de um terceiro chakra deficiente. Quando você sente que está incapacitado ou precisando de uma reenergização, as posturas do terceiro chakra avivam as chamas do seu fogo interno e restauram a sua vitalidade, para que você possa se movimentar com a energia do seu âmago. Pratique Suryanamaskar (saudação ao sol), posturas fortalecedoras do abdômen, como Navásana (postura do barco), Ardha Navásana (meia postura do barco) e Urdhva Prasarita Padásana (postura dos pés para cima), posturas do guerreiro, torções e Bhastrika Pranayama (respiração do fole ou respiração do fogo).

Perfeccionismo, raiva, ódio e ênfase excessiva em poder, status e reconhecimento revelam um excesso no terceiro chakra. Além disso, aceitar mais do que você pode assimilar ou usar também indica excesso. Retroflexões passivas e restaurativas, que esfriam o fogo interno, são agentes sedativos para um excesso no terceiro chakra.

Vivemos em uma época em que somos pouco estimulados a prestar atenção nos níveis naturais de energia do nosso corpo e a dar a ele o que precisa. Assim, normalmente quando estamos muito cansados, ignoramos nossa necessidade de descanso e manipulamos o nosso corpo com cafeína, açúcar e outros estimulantes, criando uma falsa sensação de energia. Quando estamos superestimulados e queremos relaxar ou nos retirarmos para dentro de nós mesmos, alguns se voltam para o excesso de alimentos, álcool ou drogas para desacelerar. O Yoga nos oferece uma opção diferente: escutar o que o nosso corpo está pedindo e nos alimentarmos de verdade, utilizando os ásanas e pranaiamas certos para proporcionar mais energia ou relaxamento. Quando fizermos isso, poderemos sentir o sabor de nosso verdadeiro poder pessoal.


Anahata Chakra (Coração)
O quarto chakra, o chakra do coração, está localizado no centro do sistema de chakras, no âmago do nosso espírito. Sua localização física é o coração, a parte superior do peito e a parte superior das costas. O quarto chakra é o ponto de equilíbrio, que integra o mundo material (os três chakras inferiores) com o mundo espiritual (os três chakras superiores). Através do chakra do coração, nos abrimos e nos conectamos com harmonia e paz. A saúde do nosso centro coronário registra a qualidade e o poder do amor em nossas vidas. Em sânscrito, o chakra do coração é chamado de Anahata, que significa “desbloqueado” ou “íntegro”. O seu nome sugere que, lá no fundo do nosso histórico pessoal de tristeza e dor, nosso coração abriga integridade, amor infinito e uma fonte infinita de compaixão.

O elemento deste chakra é o ar. O ar se espalha e energiza. Assim como a água, o ar assume a forma daquilo que preenche, apesar de ser menos sujeito à gravidade do que a água. Quando você se sente arrebatado de paixão, geralmente precisa replantar o seu primeiro chakra para se manter “aterrado”. O ar permeia a respiração e, por isso, a prática de pranaiamas ajuda a equilibrar e a harmonizar este chakra. Todas as formas de pranaiama podem ajudá-lo a usar melhor o ar e o prana e, assim, aumentar a sua vitalidade e o entusiasmo pela vida.

Se você perceber que a sua postura projeta a sua cabeça para frente, com os ombros arredondados e o seu peito caído, está na hora de começar a praticar posturas para o quarto chakra e dar espaço para o seu coração respirar. Quando nos guiamos com a cabeça e não com o coração, podemos estar muito focados nos pensamentos e temos tendência a nos distanciar de nossas emoções e do nosso corpo. Quando o chakra do coração está deficiente, você pode sentir vergonha e solidão, incapacidade de perdoar ou falta de empatia. Os sintomas físicos podem incluir respiração superficial, asma e outras doenças pulmonares.

Entre os ásanas que aliviam o chakra do coração estão as aberturas passivas do peito, nas quais arqueamos suavemente sobre um cobertor ou almofadão, alongamentos de ombros, tais como as posturas de braços Gomukhásana e Garudásana (postura da águia), além das retroflexões. Como é um chakra feminino e de número par, o centro coronário deseja naturalmente se soltar e relaxar.

As retroflexões ajudam a desenvolver a confiança e a entrega de que precisamos para abrir totalmente o coração. Quando nos sentimos apreensivos, não há espaço para o amor, e os nossos corpos ficam contraídos. Quando optamos pelo amor, os medos se dissolvem e a nossa prática adquire uma qualidade de alegria. Em várias retroflexões o coração fica em uma posição mais alta do que a cabeça. É maravilhosamente restaurador deixar a mente sair da posição superior e sermos guiados pelo coração.

Alguns sinais de que o chakra coronário está oprimindo a sua vida são a codependência, possessividade, ciúmes, doenças coronárias e pressão alta. Para estes sintomas, as flexões à frente são o melhor antídoto, pois são “aterradoras” e promovem a introspecção. Enquanto que as pessoas que têm chakras coronários deficientes precisam se abrir para receber o amor de forma mais integral, aqueles que têm um excesso no chakra coronário se sentem aliviados ao desacelerar e descobrir dentro de si mesmos o alimento que estavam buscando nos outros.

A forma mais poderosa para abrir, energizar e equilibrar não apenas o chakra do coração, mas todos os nossos chakras, é amar a nós mesmos e aos outros. Amar é a melhor forma de curar. Em nossa prática de hatha yoga, quando lembramos daquilo que amamos e estimamos enquanto praticamos os ásanas para o quarto chakra, fortalecemos o poder das posturas e do nosso bem-estar em geral.



Visuddha Chakra (Garganta)
Como vimos, o chakra do coração forma uma ponte entre os centros de energia mais físicos e inferiores e aqueles mais metafísicos e superiores. Conforme ascendemos pelos chakras, o quinto é o primeiro a estar focado principalmente no plano espiritual. O chakra da garganta, chamado Visuddha, está associado à cor azul-turquesa e aos elementossom e éter, o campo das vibrações sutis, que os antigos indianos acreditavam permear o universo.

Localizado no pescoço, na garganta, na mandíbula e na boca, o chakra Visuddha repercute com nossa verdade interior e nos ajuda a encontrar uma forma pessoal de propagar a nossa voz ao mundo exterior. O ritmo na música, a habilidade da dança, a vibração do canto e a comunicação que fazemos através da escrita e da fala são formas de nos expressarmos através do quinto chakra.

Visuddha significa “puro” ou “purificação” Purificação do corpo através da atenção à aquilo que comemos, Yoga, meditação e exercícios nos faz desabrochar para a experiência de aspectos mais sutis dos chakras superiores. Alguns iogues percebem que quando bem mais água e abandonam produtos como tabaco e laticínios, conseguem soltar o pescoço e os ombros e limpar a voz. Além disso, o próprio som é purificador. Se você pensar na forma como se sente depois de entoar canções devocionais indianas, ler poesia em voz alta, ou simplesmente cantarolar a sua música favorita, vai perceber como as vibrações e ritmos afetam o seu corpo de forma positiva até o nível celular.

Energia deficiente neste chakra causa rigidez no pescoço, tensão nos ombros, briquismo, problemas nos maxilares, indisposições na garganta, tireóide hipoativa e medo de falar. Falar demais, incapacidade de escutar, problemas de audição, gagueira e uma tireóide hiperativa estão relacionadas a excessos neste chakra.

Dependendo da indisposição, alguns alongamentos do pescoço e aberturas de ombros, como Ustrásana (postura do camelo), Setu Bandha Sarvangásana (postura da ponte), Salamba Sarvangásana (postura invertida sobre os ombros) e Halásana (postura do arado), podem ajudar o quinto chakra.



Ajña Chakra (Terceiro Olho)
Você consegue se lembrar do que sonhou na noite passada? Pode imaginar como gostaria que o seu corpo se sentisse amanhã? Estas habilidades imaginativas – visualizar o passado, criar imagens positivas do futuro e “sonhar com os olhos abertos” – são aspectos do Ajña Chakra, cujo nome em sânscrito significa tanto “o centro da percepção” como “o centro de comando”. Associado ao elemento luz e à cor azul-índigo, o sexto chakra está localizado no meio e logo acima dos olhos físicos, criando um terceiro olho espiritual. Enquanto nossos dois olhos veem o mundo material, o nosso sexto chakra vê além do físico. A visão inclui a clarividência, telepatia, intuição, os sonhos, a imaginação e a visualização.

O sexto chakra está envolvido tanto na criação e percepção da arte quanto no reconhecimento de que aquilo que vemos tem um poder de impacto sobre nós. Mesmo quando não nos damos conta disso, somos todos sensíveis a imagens que encontramos em nosso meio. Lembro-me ter sido uma adolescente que cresceu na cidade de Los Angeles em meio a uma profusão de outdoors de cigarros e bebidas alcoólicas.

Olhar para eles não me fazia sentir saudável ou feliz; pelo contrário, eles me passavam a mensagem de que eu precisava de drogas para me sentir um ser completo. Logo depois fui para a Tailândia, para fazer um intercâmbio como estudante de ensino médio. Em vez de outdoors, vi estátuas de Buda nas ruas; aquelas imagens serenamente majestosas despertaram a minha união com a paz interior.

Quando o terceiro olho está excessivamente carregado de energia, temos dor de cabeça, alucinações, pesadelos e dificuldade de concentração. Quando este chakra está deficiente, nossa memória fica fraca, temos problemas de visão, dificuldade em reconhecer padrões e nossa imaginação fica prejudicada.

Às vezes gosto de trabalhar este chakra em minhas práticas de Yoga, pedindo que os alunos façam uma aula inteira com os olhos vendados. Ao serem temporariamente privados da visão, que é responsável por um grande percentual da nossa absorção sensorial, os alunos têm uma experiência totalmente nova com o Yoga. Eles não se distraem com a sala e os outros alunos, ou olhando de forma crítica para os seus próprios corpos. Em vez disso, eles vivenciam o pratiaara, ou retração da atividade sensorial.

Após uma aula como essa, os alunos comentaram comigo que tiveram profundos insights sobre seus corpos e suas vidas, que só lhes ocorreram porque sua visão estava mais profundamente direcionada para dentro de si mesmos. Outra abordagem ióguica para ajudar na saúde do Ajña Chakra consiste em fazer flexões à frente com suportes, colocando mais um almofadão ou cobertor para pressionar e estimular a área do terceiro olho. Além disso, criar imagens e visualizações positivas é uma prática que ajuda a ter um sexto chakra mais saudável. Estas visões afirmativas agem como ímãs naturais, direcionando a situação imaginada para a sua vida.



Sahasrara Chakra (Coroa)
O nome em sânscrito para o sexto chakra é Sahasrara, que significa “milhares”. Apesar de este chakra ser representado por uma flor-de-lótus com centenas de pétalas (símbolo de pureza e espiritualidade), o número 1.000 não tem um significado literal; na verdade, ele representa a natureza infinita deste chakra, que nos proporciona a mais direta conexão com o Divino. Apesar dos professores associarem este chakra à cor violeta, ele é normalmente associado ao branco, uma combinação de todas as cores, pois este chakra sintetiza todos os outros.

O sétimo chakra está localizado na coroa da cabeça e funciona como uma coroa para o sistema de chakras, simbolizando o mais elevado estado de iluminação e facilitando o desenvolvimento espiritual. O sétimo chakra também é como um halo sobre a cabeça. Artisticamente, Cristo é frequentemente representado com uma luz dourada ao redor de sua cabeça, e o Buda aparece com uma projeção sobre sua cabeça vinda de cima. Em ambos os casos, estas imagens representam a espiritualidade despertada do Sahasrara Chakra.

O elemento do sétimo chakra é o pensamento, e este chakra está associado às mais altas funções da mente. Apesar de que a mente não pode ser vista ou sentida de forma concreta, ela cria os sistemas de crenças que controlam nossos pensamentos e ações. Para dar um exemplo simples, o meu aluno George teve uma queda feia de um beliche quando era criança. Agora, com 40 anos e um porte atlético, ele ainda tem medo de fazer posturas invertidas. Seu antigo trauma ajudou a criar a crença de que ficar de cabeça para baixo era sempre perigoso. Apesar de que agora ele tem a capacidade para aprender de forma fácil e segura a fazer inversões, o medo faz com que ele fique paralisado e a sua crença se torna uma profecia que se cumpre por si mesma. Assim criamos as nossas vidas, a partir dos pensamentos que temos.

Um excesso neste chakra se manifesta através de uma intelectualidade excessiva ou o fato de considerar a si próprio como membro de uma elite intelectual ou espiritual. No caso de energia deficitária, há uma dificuldade em pensar por si próprio, apatia, ceticismo espiritual e materialismo.

A meditação é a melhor prática ióguica para trazer equilíbrio a este chakra. Assim como o nosso corpo precisa de banhos regulares, uma mente muito ocupada com pensamentos e preocupações também precisa de limpeza. Qual o objetivo de se lidar com os problemas de hoje com a mente confusa de ontem?

Além disso, a energia deste chakra nos ajuda a vivenciar o Divino, a nos abrirmos para um poder mais profundo. Todas as várias formas de meditação, incluindo tanto a concentração quanto as práticas de autoconhecimento, permitem que a mente se torne mais presente, clara e capaz de compreender.

Os antigos hindus associavam os chakras à deusa da serpente adormecida, chamada Kundalini. Ela fica enrolada na base do primeiro chakra e, quando despertada, flui para cima através dos canais de energia (nadis) e penetra em cada chakra, proporcionando estados superiores de consciência de forma sucessiva, que culminam com a iluminação no chakra da coroa.

Ao almejar a transcendência, muitas pessoas que buscam estados de consciência superiores negligenciam a importância dos chakras inferiores. Entretanto, todos nós precisamos do suporte sólido e forte dos chakras básicos para nos abrirmos para a espiritualidade de forma saudável e integrada.

Os chakras inferiores contemplam detalhes como nossa casa, família e sentimentos, enquanto que os chakras superiores desenvolvem visões sintetizadas e sabedoria, que nos ajudam a compreender a grande ordem de todas as coisas. Todos os nossos chakras influenciam uns aos outros e, no final das contas, eles trabalham em conjunto.

Conforme aprendemos a usar este antigo sistema indiano para entender as nossas vidas, podemos aumentar nossa compreensão sobre questões pessoais que exigem nossa atenção – e podemos utilizar as técnicas de hatha yoga para devolver a harmonia aos nossos chakras e às nossas vidas."



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Barbara Kaplan Herring é professora de Yoga na cidade de El Cerrito, Califórnia.
Tradução de Estela M. F. Carvalho.

Fonte: http://www.yoga.pro.br/artigos/1009/3021/setimo-ceu

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Mais Uma Oração Da Presença - II - (Wagner Borges)



"Que você jamais se esqueça de que é um espírito, um cidadão do universo.
Que você saiba que é muito amado (a) pela Luz.
Que você sinta o Amor como um presente da Presença*.
Que você tenha a coragem de escutar o seu coração - mas sem perder a razão.
Que você honre a sua jornada - e que os seus objetivos e valores sejam lindos.
Que você continue cantando - e amando... Mesmo nas horas difíceis.
Que você nunca deixe de se emocionar com um lindo pôr-de-sol.
Que você respeite o seu corpo - e agradeça à Mãe Terra pelo presente.
Que você olhe para o firmamento e sinta que as estrelas são suas irmãs.
Que você faça a grande magia de transformar a si mesmo (a) - sempre na Luz.
Que você nunca se deixe levar pelas aparências - e nem pelas coisas transitórias.
Que você não se envergonhe de seus pensamentos - e nem traia a si mesmo (a).
Que você jamais se esqueça de onde veio realmente - pois tudo vem da Presença.
Que você não acalente o ódio em seu coração - e nem revide o mal.
Que você sinta a Canção da Vida tocando todas as fibras do seu Ser.
Que você seja digno (a) dos estudos espirituais que realiza.
Que você não machuque o seu coração com emoções pesadas.
Que você ore pelo bem de todos, porque sabe que a Presença escuta o seu coração.
Que você tenha a coragem de vencer a si mesmo (a).
Que você, mesmo diante das provações, não renegue o Divino em si mesmo (a).
Que você tenha a coragem de permitir que a Luz dissolva o seu orgulho.
Que você escute o chamado sutil da Presença nessas linhas...
Que você perdoe os outros - e também se perdoe -, pois é preciso ser feliz.
Que você tenha o brilho do amanhecer em seus olhos...
Que você se permita rir igual criança - e, se puder, faça uma canção.
Que você, em espírito e verdade, agradeça a Presença - por tudo.
Que você sinta o Oran Mor em seu coração...

P.S.:
Que os seus chacras sejam lindos - como pequenos sóis cheios de amor e paz.
Que sua aura seja muito brilhante, com as cores da Bem-Aventurança.
Que a sua fé seja inquebrantável - e alicerçada pelo discernimento e o Amor.
Que as suas pegadas sejam luminosas - e que os seus atos sejam justos e honestos.
Que nada separe você do benévolo círculo de Luz da Presença.
Ah, que o Amor mais lindo de todos lhe abençoe...

Paz e Luz.
Wagner Borges - centelha espiritual de um Grande Amor... "



- Nota: A Presença - metáfora celta para o Todo que está em tudo. Quando os antigos iniciados celtas admiravam os momentos mágicos do alvorecer e do crepúsculo, costumavam dizer: Isso é um assombro! E assim era para todas as coisas consideradas como manifestações grandiosas da Natureza e do ser humano. Ver o brilho dos olhos da pessoa amada, a beleza plácida da lua, a alegria do sorriso do filho, ou o desabrochar de uma flor eram eventos maravilhosos. Então, eles ousavam escutar os espíritos das brumas, que lhes ensinaram a valorizar o Dom da vida e a perceber a pulsação de uma PRESENÇA em tudo.

A partir daí, eles passaram a referir-se ao TODO QUE ESTÁ EM TUDO como a PRESENÇA que anima a Natureza e os seres. Se a luz da vida era um assombro de grandiosidade, maior ainda era a maravilha da PRESENÇA que gerava essa grandiosidade. Perceber essa PRESENÇA em tudo era um assombro! E saber que o sol, a lua, o ser amado, os filhos, as flores e a Natureza eram expressões maravilhosas dessa totalidade, levava os iniciados daquele contexto antigo da Europa a dizerem: "Que assombro!"

Hoje, inspirado pelos amigos invisíveis celtas, deixo registrado aqui nesses escritos o "terno assombro" que sinto ao meditar na PRESENÇA que está em tudo. E lembro-me dos ensinamentos herméticos inspirados no sábio estelar Hermes Trismegisto, que dizia no antigo Egito: "O TODO está em tudo! O Inefável é invisível aos olhos da carne, mas é visível à inteligência e ao coração."

O TODO ou A PRESENÇA, tanto faz o nome que se dê. O que importa mesmo é a grandiosidade de se meditar nisso; essa mesma grandiosidade de pensar nos zilhões de sóis e nas miríades de seres espalhados pela vastidão interdimensional do Multiverso, e de se maravilhar ao se perceber como uma pequena partícula energética consciente e integrante dessa totalidade, e poder dizer de coração: "Caramba, que assombro!"



Fonte: http://www.stum.com.br/conteudo/c.asp?id=10754

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A Descoberta do Amor - (Mahatma Gandhi)

Você tem sido um bom companheiro? - (Maria Silvia Orlovas)

"Acho que vale a reflexão. Queremos tanto receber amor, mas o que estamos dando?

Não importa se você está casado ou solteiro. Se convive com muitas pessoas ou é alguém que tem poucos amigos. Sempre somos companheiros de alguém, sempre convivemos com outras pessoas. Sei que relacionamentos diferem de pessoa para pessoa, mas a vida é feita de convivência e de tempos em tempos é muito saudável a gente rever nossos passos, e olhar nossos comportamentos de fora da relação, livres de nossas expectativas e sonhos.

Por mais que sejamos maduros, ou desejemos ser, nem sempre temos a real dimensão de nossos atos. Já vi pessoas afirmarem que estão sofrendo muito em sua vida pessoal, e que não fizeram nada para merecer relacionamentos assim perturbados, tristes, sem troca. Mas como trabalho com a mediunidade e com a percepção do corpo sutil, imediatamente, após entrar em contato com a energia dessas pessoas, um mundo de aprisionamentos vinha à tona.

Os Mestres ensinam que os relacionamentos são um reflexo de nossa energia. Se estou bem, me relaciono bem, se estou mal.. me relaciono mal. Por isso, cabe perguntar se você tem sido um bom companheiro.

O fato é que de acordo com os desafios enfrentados, ao longo da vida, as pessoas costumam se fechar, não comentar o que sentem, não mostrar reações que perturbam o coração. Criam uma couraça que, uma vez estabelecida como proteção, perturba todo o relacionamento do presente e do futuro.

Você já reparou como é difícil conviver com pessoas que já sofreram por amor? Às vezes, essas pessoas se sentem ainda tão machucadas que em qualquer outro relacionamento se escondem, defendem-se mostrando apenas parte do que pensam, do que sentem; em outras situações, mostram-se absolutamente carentes e fazem tudo para conquistar a amizade ou o amor, mostrando seu lado mais bonito, disponível e amoroso, mas diante da primeira negativa, ou desencontro de opinião e de valores, simplesmente se fecham, sofrem, afastam-se, deixando o companheiro sem entender nada, e ainda com o sentimento de que foi traído, que a doçura da relação era uma mentira.

Pois é, amigo leitor, a convivência não é nada fácil. Cada um de nós vem para suas relações com seus traumas, desafios, impregnados de energias desta e de outras vidas, por isso é fundamental sempre olharmos para dentro em busca de respostas. Claro que o sucesso ou o fracasso de uma relação depende de ambas as partes, e que, às vezes, estamos prontos para ceder e o outro não. Mas sempre cabe refletir sobre a nossa conduta, pois, afinal, podemos mudar, podemos nos abrir, ficar em silêncio, observar melhor o que nos acontece antes de buscar culpados. Temos muitas escolhas. E se a vida está nos trazendo sempre falta de amor, pessoas egoístas, relacionamentos truncados e tristes, precisamos observar que tipo de energia estamos colocando à nossa volta, não apenas nas nossas relações íntimas, mas em tudo. Se queremos conviver com pessoas amáveis, ter uma vida rica em troca, em harmonia, precisamos desenvolver essas forças dentro de nós. Como não dá para simplesmente virar a página e começar tudo de novo sem história, podemos ir mudando aos poucos. O mais importante é observar que você tem instrumentos incríveis para criar uma vida melhor para você e para quem é seu companheiro."


http://mariasilviaporlovas.blogspot.com/

domingo, 3 de abril de 2011

A Pequena Alma - (Neale Donald Walsch)

"Era uma vez, em tempo nenhum, uma Pequena Alma que disse a Deus:


- Eu sei quem sou!

E Deus disse:

- Que bom! Quem és tu?

E a Pequena Alma gritou:

- Eu sou Luz! E Deus sorriu.

- É isso mesmo! - exclamou Deus. - Tu és Luz!

A Pequena Alma ficou muito contente, porque tinha descoberto aquilo que todas as almas do Reino deveriam descobrir.

- Uauu, isto é mesmo bom! - disse a Pequena Alma. Mas, passado pouco tempo, saber quem era já não lhe chegava. A pequena Alma sentia-se agitada por dentro, e agora queria ser quem era. Então foi ter com Deus (o que não é má idéia para qualquer alma que queira ser Quem Realmente É) e disse:

- Olá Deus! Agora que sei Quem Sou, posso sê-lo?

E Deus disse:

- Quer dizer que queres ser Quem já És?

- Bem, uma coisa é saber Quem Sou, e outra coisa é sê-lo mesmo. Quero sentir como é ser a Luz! - respondeu a pequena Alma.

- Mas tu já és Luz - repetiu Deus, sorrindo outra vez.

- Sim, mas quero senti-lo! - gritou a Pequena Alma.

- Bem, acho que já era de esperar. Tu sempre foste aventureira - disse Deus com uma risada. Depois a sua expressão mudou:

- Há só uma coisa...

- O quê? - perguntou a Pequena Alma.

- Bem, não há nada para além da Luz. Porque eu não criei nada para além daquilo que tu és; por isso, não vai ser fácil experimentares-te como Quem És, porque não há nada que tu não sejas.

- Hã? - disse a Pequena Alma, que já estava um pouco confusa.

- Pensa assim: tu és como uma vela ao Sol. Estás lá sem dúvida. Tu e mais milhões, zilhões de outras velas que constituem o Sol. E o Sol não seria o Sol sem vocês. 'Não seria um sol sem uma das suas velas... e isso não seria de todo o Sol, pois não brilharia tanto. E no entanto, como podes conhecer-te como a Luz quando estás no meio da Luz - eis a questão'.

- Bem, tu és Deus. Pensa em alguma coisa! - disse a Pequena Alma mais animada.

Deus sorriu novamente.

- Já pensei. Já que não podes ver-te como a Luz quando estás na Luz, vamos rodear-te de escuridão - disse Deus.

- O que é a escuridão? perguntou a Pequena Alma.

- É aquilo que tu não és - replicou Deus.

- Eu vou ter medo do escuro? - choramingou a Pequena Alma. - - Só se o escolheres. Na verdade não há nada de que devas ter medo, a não ser que assim o decidas. Porque estamos a inventar tudo. Estamos a fingir.

- Ah! - disse a Pequena Alma, sentindo-se logo melhor. Depois Deus explicou que, para se experimentar o que quer que seja, tem de aparecer exactamente o oposto.

- É uma grande dádiva, porque sem ela não poderíamos saber como nada é - disse Deus - Não poderíamos conhecer o Quente sem o Frio, o Alto sem o Baixo, o Rápido sem o Lento. Não poderíamos conhecer a Esquerda sem a Direita, o Aqui sem o Ali, o Agora sem o Depois. E por isso, - continuou Deus - quando estiveres rodeada de escuridão, não levantes o punho nem a voz para amaldiçoar a escuridão. 'Sê antes uma Luz na escuridão, e não fiques furiosa com ela. Então saberás Quem Realmente És, e os outros também o saberão. Deixa que a tua Luz brilhe tanto que todos saibam como és especial!'

- Então posso deixar que os outros vejam que sou especial? -perguntou a Pequena Alma.

- Claro! - Deus riu-se. - Claro que podes! Mas lembra-te de que 'especial' não quer dizer 'melhor'! Todos são especiais, cada qual à sua maneira! Só que muitos esqueceram-se disso. Esses apenas vão ver que podem ser especiais quando tu vires que podes ser especial!

- Uau - disse a Pequena Alma, dançando e saltando e rindo e pulando.

- Posso ser tão especial quanto quiser!

- Sim, e podes começar agora mesmo - disse Deus, também dançando e saltando e rindo e pulando juntamente com a Pequena Alma

- Que parte de especial é que queres ser?

- Que parte de especial? - repetiu a Pequena Alma. - Não estou a perceber.

- Bem, - explicou Deus - ser a Luz é ser especial, e ser especial tem muitas partes. É especial ser bondoso. É especial ser delicado. É especial ser criativo. É especial ser paciente. Conheces alguma outra maneira de ser especial? A Pequena Alma ficou em silêncio por um momento. - Conheço imensas maneiras de ser especial! - exclamou a Pequena Alma

- É especial ser prestável. É especial ser generoso. É especial ser simpático. É especial ser atencioso com os outros.

- Sim! - concordou Deus - E tu podes ser todas essas coisas, ou qualquer parte de especial que queiras ser, em qualquer momento. É isso que significa ser a Luz.

- Eu sei o que quero ser, eu sei o que quero ser! - proclamou a Pequena Alma com grande entusiasmo. - Quero ser a parte de especial chamada 'perdão'. Não é ser especial alguém que perdoa?

- Ah, sim, isso é muito especial, assegurou Deus à Pequena Alma.

- Está bem. É isso que eu quero ser. Quero ser alguém que perdoa. Quero experimentar-me assim - disse a Pequena Alma. - Bom, mas há uma coisa que devias saber - disse Deus.

A Pequena Alma já começava a ficar um bocadinho impaciente. Parecia haver sempre alguma complicação.

- O que é? - suspirou a Pequena Alma.

- Não há ninguém a quem perdoar.

- Ninguém? A Pequena Alma nem queria acreditar no que tinha ouvido.

- Ninguém! - repetiu Deus. Tudo o que Eu fiz é perfeito. Não há uma única alma em toda a Criação menos perfeita do que tu. Olha à tua volta. Foi então que a Pequena Alma reparou na multidão que se tinha aproximado. Outras almas tinham vindo de todos os lados - de todo o Reino - porque tinham ouvido dizer que a Pequena Alma estava a ter uma conversa extraordinária com Deus, e todas queriam ouvir o que eles estavam a dizer. Olhando para todas as outras almas ali reunidas, a Pequena Alma teve de concordar. Nenhuma parecia menos maravilhosa, ou menos perfeita do que ela. Eram de tal forma maravilhosas, e a Luz de cada uma brilhava tanto, que a Pequena Alma mal podia olhar para elas.

- Então, perdoar quem? - perguntou Deus.

- Bem, isto não vai ter graça nenhuma! - resmungou a Pequena Alma - Eu queria experimentar-me como Aquela que Perdoa. Queria saber como é ser essa parte de especial. E a Pequena Alma aprendeu o que é sentir-se triste. Mas, nesse instante, uma Alma Amiga destacou-se da multidão e disse:

- Não te preocupes, Pequena Alma, eu vou ajudar-te - disse a Alma Amiga.

- Vais? - a Pequena Alma animou-se. - Mas o que é que tu podes fazer?

- Ora, posso dar-te alguém a quem perdoares!

- Podes?

- Claro! - disse a Alma Amiga alegremente. - Posso entrar na tua próxima vida física e fazer qualquer coisa para tu perdoares.

- Mas porquê? Porque é que farias isso? - perguntou a Pequena Alma.

- Tu, que és um ser tão absolutamente perfeito! Tu, que vibras a uma velocidade tão rápida a ponto de criar uma Luz de tal forma brilhante que mal posso olhar para ti! O que é que te levaria a abrandar a tua vibração para uma velocidade tal que tornasse a tua Luz brilhante numa luz escura e baça? O que é que te levaria a ti, que danças sobre as estrelas e te moves pelo Reino à velocidade do pensamento, a entrar na minha vida e a tornares-te tão pesada a ponto de fazeres algo de mal?

- É simples - disse a Alma Amiga. - Faço-o porque te amo.

A Pequena Alma pareceu surpreendida com a resposta.

- Não fiques tão espantada - disse a Alma Amiga - tu fizeste o mesmo por mim. Não te lembras? Ah, nós já dançámos juntas, tu e eu, muitas vezes. Dançámos ao longo das eternidades e através de todas as épocas. Brincamos juntas através de todo o tempo e em muitos lugares diferentes. Só que tu não te lembras. Já fomos ambas o Todo. Fomos o Alto e o Baixo, a Esquerda e a Direita. Fomos o Aqui e o Ali, o Agora e o Depois. Fomos o Masculino e o Feminino, o Bom e o Mau - fomos ambas a vítima e o vilão. Encontramo-nos muitas vezes, tu e eu; cada uma trazendo à outra a oportunidade exata e perfeita para Expressar e Experimentar Quem Realmente Somos. - E assim, - a Alma Amiga explicou mais um bocadinho - eu vou entrar na tua próxima vida física e ser a 'má' desta vez. Vou fazer alguma coisa terrível, e então tu podes experimentar-te como Aquela Que Perdoa.

- Mas o que é que vais fazer que seja assim tão terrível? - perguntou a Pequena Alma, um pouco nervosa.

- Oh, havemos de pensar nalguma coisa - respondeu a Alma Amiga, piscando o olho. Então a Alma Amiga pareceu ficar séria, disse numa voz mais calma:

- Mas tens razão acerca de uma coisa, sabes?

- Sobre o quê? - perguntou a Pequena Alma. - Eu vou ter de abrandar a minha vibração e tornar-me muito pesada para fazer esta coisa não muito boa. Vou ter de fingir ser uma coisa muito diferente de mim. E por isso, só te peço um favor em troca.

- Oh, qualquer coisa, o que tu quiseres!- exclamou a Pequena Alma, e começou a dançar e a cantar:

- Eu vou poder perdoar, eu vou poder perdoar! Então a Pequena Alma viu que a Alma Amiga estava muito quieta.

- O que é? - perguntou a Pequena Alma. - O que é que eu posso fazer por ti? És um anjo por estares disposta a fazer isto por mim!

- Claro que esta Alma Amiga é um anjo! - interrompeu Deus, - são todas! Lembra-te sempre: Não te enviei senão anjos. E então a Pequena Alma quis mais do que nunca satisfazer o pedido da Alma Amiga.

- O que é que posso fazer por ti? - perguntou novamente a Pequena Alma.

- No momento em que eu te atacar e atingir, - respondeu a Alma Amiga - no momento em que eu te fizer a pior coisa que possas imaginar, nesse preciso momento...

- Sim? - interrompeu a Pequena Alma

- Sim?

A Alma Amiga ficou ainda mais quieta.

- Lembra-te de Quem Realmente Sou.

- Oh, não me hei de esquecer! - gritou a Pequena Alma - Prometo! Lembrar-me-ei sempre de ti tal como te vejo aqui e agora.

- Que bom, - disse a Alma Amiga - porque, sabes, eu vou estar a fingir tanto, que eu própria me vou esquecer. E se tu não te lembrares de mim tal como eu sou realmente, eu posso também não me lembrar durante muito tempo. E se eu me esquecer de Quem Sou, tu podes esquecer-te de Quem És, e ficaremos as duas perdidas. Então, vamos precisar que venha outra alma para nos lembrar às duas Quem Somos.

- Não vamos, não! - prometeu outra vez a Pequena Alma. - Eu vou lembrar-me de ti! E vou agradecer-te por esta dádiva - a oportunidade que me dás de me experimentar como Quem Eu Sou.

E assim o acordo foi feito. E a Pequena Alma avançou para uma nova vida, entusiasmada por ser a Luz, que era muito especial, e entusiasmada por ser aquela parte especial a que se chama Perdão. E a Pequena Alma esperou ansiosamente pela oportunidade de se experimentar como Perdão, e por agradecer a qualquer outra alma que o tornasse possível. E, em todos os momentos dessa nova vida, sempre que uma nova alma aparecia em cena, quer essa nova alma trouxesse alegria ou tristeza - principalmente se trouxesse tristeza - a Pequena Alma pensava no que Deus lhe tinha dito. Lembra-te sempre, - Deus aqui tinha sorrido - não te enviei senão anjos!"



Fonte de luz:http://fenahumanidade.blogspot.com/2009/08/pequena-alma-neale-donald-walsch.html

Maktub - (Marcus Viana)



Maktub (Marcus Viana)
"Já estava escrito

No tempo e no espaço
Que a minha alma e tua
Uma luz seriam

Já estava escrito
Pelos milênios
Que no sagrado fogo da paixão
Nos consumiríamos

Sol do deserto
Queimando a areia
Tua presença é água
Que preserva a vida

Pomba selvagem
No azul da alma
Teu amor é luz
Que ilumina e cega

Já estava escrito
E Allah o sabe
Que a serpente mágica do amor
Nos faria deuses

Está escrito
Antes dos tempos
Que a vida vale apenas
Quando o amor nos toca"

sábado, 2 de abril de 2011

Os pensamentos são coisas - (Marcos Spagnuolo Souza)

"Pensamentos e sentimentos formam imagens mentais que podem ser construtivos ou destrutivos. Existe interferência direta entre as imagens mentais nas partículas materiais. Pesquisas demonstram que as partículas subatômicas agem de determinada maneira quando não são observadas e de outra maneira quando são observadas. Uma subpartícula atômica pode se manifestar como partícula, onda e ao mesmo tempo como partícula e onda conforme o pensamento do cientista. Devemos esclarecer que o ser humano somente consegue pensar na forma de partículas ou de onda, mas existem outras formas de pensamento que estão além das partículas e das ondas, estão além do nosso conhecimento, mas existem.


A força do pensamento e das emoções não são forças abstratas, mas força material objetiva, vivas e atuantes, capazes de atuar e influenciar o aspecto somático (corpo) e as coisas da natureza. As experiências feitas em laboratório com pessoas dotadas de capacidades extrassensoriais mostram que o pensamento humano é uma força capaz de influenciar e transformar a própria matéria.

Em Moscou, a russa Nina Kulagina mostrou ser capaz de mover para todos os lados inúmeros objetos. O Norte-Americano Ted Serios consegue gravar em películas fotográficas Polaroid imagens produzidas na sua mente. Imagens pensadas por Serios foram gravadas na superfície de filmes.

Os pensamentos e emoções atuando nas subpartículas formam imagens que são denominadas formas-pensamentos e passam a existir como verdadeiras entidades energéticas inteligentes atingindo autonomia. Essas imagens-pensamentos para não desaparecerem sobrevivem com as energias sutis emitidas pelas pessoas que possuem o mesmo grau vibracional de suas composições. Os pensamentos e emoções se cristalizam em imagens bonitas ou terríveis que interagem no campo de energia sutil das pessoas podendo provocar grandes alterações.

Quando nos concentramos em determinado pensamento ou emoção e em seguida a direcionamos para um objetivo, a forma-pensamento viaja como se fosse uma seta em direção ao seu alvo e penetra o corpo energético provocando rupturas que podem levar a morte. Quando o alvo é protegido por um escudo energético de elevadas vibrações, a forma pensamento remetida perde a sua eficácia. Nos livros da antiga Índia encontramos trechos fazendo referência à arma-pensamento denominada "brahmastra". O envoltório que nos protege das imagens pensamentos é a nossa vestimenta etérica elaborada com os nossos pensamentos e emoções.

Quando concentramos em determinado pensamento, mas não temos a força para lançá-lo em direção ao alvo, ele fica preso no próprio campo energético da pessoa que o elaborou, alimentando de seu campo energético, provocando inúmeros tipos de doenças.

As formas-pensamentos movimentam as subpartículas para formar imagens e logicamente modificam também a nossa estrutura corporal sem que tenhamos consciência do seu poder. Os pensamentos, portanto, são coisas, capazes de influir sobre outras coisas. Podemos dizer que o corpo é escravo da mente e as doenças possuem suas raízes no pensamento. Pensamentos doentios se expressam através de um corpo doentio. Pensamentos impuros e negativos não tardarão a destruir a estrutura somática. O corpo é um instrumento plástico, delicado e sensível, que responde prontamente aos pensamentos que o impressionam.

Atualmente, temos a ciência denominada ecologia mental que estuda as relações entre os pensamentos e os seres humanos e o modo como os primeiros influenciam os segundos. O pensamento e as emoções são estruturas energéticas constituindo a base fundamental na vida espiritual."



Fonte: http://somostodosum.ig.com.br/clube/c.asp?id=25583

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Gentileza gera anugraha - (Pedro Kupfer)

"O Profeta Gentileza estava em plena atividade quando eu morava em Saquarema, no final dos anos 1980 e início da década de 1990. Nascido José Datrino, este paulista de Cafelândia teve uma epifania que o levou a ajudar vítimas de um incêndio na cidade de Niterói e, depois disso, dedicou o resto da sua vida a confortar os demais com palavras e ações amorosas. Um verdadeiro exemplo de dharma em movimento.


Diz a Wikipédia sobre esta grande alma: "Desde sua infância José Datrino era possuidor de um comportamento atípico. Por volta dos treze anos de idade, passou a ter premonições sobre sua missão na terra, na qual acreditava que um dia, depois de constituir família, filhos e bens, deixaria tudo em prol de sua missão. Este comportamento causou preocupação em seus pais, que chegaram a suspeitar que o filho sofria de algum tipo de loucura, chegando a buscar ajuda em curandeiros espirituais."

Se o Profeta Gentileza tivesse nascido na Índia, certamente seria considerado um sábio e santo, e jamais seus pais teriam pensado que ele era louco. Quando eu chegava de ônibus na rodoviária do Rio de Janeiro, via os esplendorosos murais que ele pintava ao longo do Viaduto do Cajú e me perguntava o que isso significaria, e quem teria deixado essas mensagens.

O adágio que mais se repetia naquelas inscrições, recentemente restauradas, era "Gentileza gera Gentileza. Amor". Vim saber dele muito tempo depos, quando já havia falecido. Porém, o legado dele, a importância de tratar os demais com consideração e respeito, continua.

Quando pensamos em emoções, atitudes ou virtudes, e a maneira em que elas são vividas e sentidas nas diversas culturas, reparamos que elas podem ter distintas nuanças, como as das cores usadas por diferentes pintores. De cada paleta surgem diferentes universos de cor, que são similares entre si e, no entanto, absolutamente únicos. Assim, não há uma tradução direta e exata com uma única palavra para designar esse tipo de emoção ou atitude, de cultura para cultura.

Há duas palavras para dizer gentileza em sânscrito, todas ligadas à vida de Yoga: prasada e anugraha. Prasada é o termo mais freqüente usado na língua sânscrita para denotar graça ou gentileza. Essa palavra deriva da raiz sad, que significa “estabelecer-se” ou “sentar”.

Prasada tem dois sentidos: por um lado, designa qualidades como gentileza, serenidade e bom-humor enquanto que, por outro, ainda significa calma, pureza e clareza. Se este termo está ligado sempre as manifestações mais harmoniosas da divindade, é por que a gentileza, a graça e as demais qualidades são de fato divinas.

A segunda maneira de dizer gentileza é anugraha. O Bhagavata Purana usa repetidas vezes o termo anugraha como expressão da compaixão de Ishvara por todas as criaturas. Adi Shankaracharya, ao longo de toda sua obra, igualmente menciona anugraha como a graça que possibilita a libertação, a saída do samsara, o ciclo de nascimentos e mortes.

O oposto de anugraha é nigraha, que pode ser compreendido como obstrução para a liberdade, ou ficar preso aos condicionamentos. Seja qual for a palavra que usarmos em sânscrito para dizer gentileza, essa gentileza tem duas dimensões: a divina em relação ao humano, e a da convivência entre os humanos.

A gentileza, seja como prasada, seja como anugraha, sempre aparece nos textos de Yoga ligada ao estado de graça produzido pela contemplação, o êxtase ou o arrebato devocional. Gentileza é aquilo que naturalmente surge quando a pessoa amadurece emocionalmente ou se aproxima desse estado de consciência que é moksha, a liberdade. Como todas as demais virtudes, a gentileza é um efeito colateral da maturidade emocional.

Nesse sentido, creio que a nossa sociedade poderia ser mais feliz se descobrisse o valor da gentileza. Para isso, como ensinou o Profeta Gentileza, todos nós devemos fazer a nossa parte no sentido de tornar o mundo um lugar mais agradável.

Assim, podemos pensar em nos colocar na pele dos demais e trabalhar pequenas atitudes, como ceder a passagem no trânsito, não querer sempre chegar em primeiro lugar, ajudar desinteressadamente os necessitados, deixar os outros vencerem de vez em quando, e não sermos tão duros com nós mesmos. Namaste!"